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Terça-feira, 23 de julho de 2024

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Para salvar CPI, oposição vai buscar apoio de senadores independentes do PMDB, diz Álvaro Dias

O senador Álvaro Dias (PR), líder do PSDB no Senado e autor do requerimento de instalação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar denúncias de corrupção no Ministério dos Transportes, terá que correr contra o tempo se não quiser ver arquivado o pedido. Ontem (2), quando foi alcançado o número mínimo de 27 assinaturas para instalar a CPI, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) fez a comunicação em plenário, o que deu início à tramitação da matéria, uma vez que foi encaminhada pelo presidente da sessão, Wilson Santiago (PMDB-PB), à Secretaria-Geral da Mesa Diretora para analisar se o requerimento preenche os requisitos constitucionais e regimentais.


Com a pressão imposta pela base governista e pelos ministros, segundo Álvaro Dias, os senadores João Durval Carneiro (PDT-BA) e Ataídes de Oliveira (PSDB-TO) retiraram as assinaturas. Com isso, a partir da abertura da sessão plenária de hoje, qualquer líder da base poderá pedir ao presidente da Mesa que comunique a improcedência e o arquivamento da matéria. A secretária-geral da Mesa Diretora, Claudia Lyra, disse que comunicará hoje ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), a falta de respaldo regimental e constitucional para a instalação dos trabalhos da comissão, o que embasará o presidente da sessão a arquivar a matéria.

Enquanto esses procedimentos burocráticos não forem formalizados, as 25 assinaturas ainda continuam valendo. Arquivado o pedido, o líder tucano terá que começar novamente as coletas de assinaturas se quiser instalar a CPI. Ou seja, se não quiser correr riscos, Álvaro Dias terá que conseguir pelo menos dois apoios até as 14 horas, e comunicar ao presidente da sessão. Assim, na busca por assinaturas, ele pretende se concentrar na busca por apoio do grupo independente de senadores do PMDB. No total de oito parlamentares, três peemedebistas já assinaram a lista: Perdro Simon (RS), Jarbas Vasconvellos (PE) e Roberto Requião (PR). Porém, Álvaro Dias reconhece a dificuldade de obter as duas assinaturas que faltam.

"A forma com que o governo atuou ontem para retirada das assinaturas desmente a tese de que o instrumento da CPI virou balela. Mostra também que essa história da presidente Dilma [Rousseff] de dizer que vai fazer uma faxina no governo não procede. O que ela faz é blindar os protagonistas da corrupção nos Transportes que estão fora da esfera do PR", afirmou o líder do PSDB. Ele qualificou como "desrespeito e degradante" a atuação do governo para que senadores da base retirassem assinaturas do requerimento.
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