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Domingo, 28 de julho de 2024

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Marcos completa 38 anos e admite: 'Dá uma coceirinha para continuar'

O goleiro Marcos completa 38 anos nesta quinta-feira com alegria, de alma lavada após a boa atuação no empate por 1 a 1 com o Coritiba, quarta-feira, no Couto Pereira. Além do fim do pesadelo dos 6 a 0 sofridos pela Copa do Brasil, em maio, o resultado serviu para manter o Palmeiras na cola dos líderes do Campeonato Brasileiro, com seus 26 pontos em 14 jogos. Feliz com o retorno ao time depois de dois jogos parado, Marcos fez um pedido logo em seus primeiros minutos de aniversário, já nos vestiários do Couto Pereira.


- Quero a Libertadores, no mínimo. Seria um presentão para o fim desse ano – avisou o “Santo”.

Apesar das dores crônicas que assolam o goleiro, a vontade e disposição são de garoto. Parece que Marcos começou ontem a jogar futebol e defender o clube do coração. Mas em 2011 ele já completa 20 anos de Palmeiras, e 15 do seu primeiro jogo oficial como titular. A aposentadoria está marcada para o fim da temporada, mas uma corrente dentro do clube já clama pela permanência do goleiro por mais algum tempo. A vaga na Libertadores, por exemplo, pode incentivar o ídolo a continuar.

- Ah, a Libertadores é uma competição importante, que eu já tive a felicidade de ganhar. Vamos ver, vamos ver. A ideia é encerrar no fim desse ano mesmo, mas vamos ver – disse.

O papo com os jornalistas na saída dos vestiários foi rápido, mas cheio de sinceridade - inclusive com a confirmação de que sua nova camisa, feita em homenagem aos 15 anos do primeiro jogo como titular, vai mesmo estrear no sábado, contra o Grêmio, no Canindé. Em meio aos microfones, Marcos teve tempo de distribuir autógrafos e tirar fotos com fãs. No dia do aniversário, ele mais distribuiu do que ganhou presentes. O tempo gasto até o ônibus foi suficiente para Felipão cornetar – o técnico queria voltar logo para o hotel.

Confira abaixo a íntegra da entrevista

O Palmeiras só empatou com o Coritiba, mas deu para esquecer um pouco daqueles 6 a 0?
Foi importante. Nós, jogadores, esquecemos certas coisas, mesmo quando fazemos uma boa partida no campo. Mesmo que eu feche o gol em La Bombonera, por exemplo, não vou chegar lá uma outra vez e lembrar disso, pensar que vai acontecer de novo. Naquele dia da goleada eu estava há três meses fora e o Felipão perguntou se dava para eu jogar. Como eu ia dizer não? Mas agora fiquei feliz por ter voltado e mudado a imagem daqueles 6 a 0, que sabemos que manchou um pouco a nossa história.

Você estreia sua nova camisa no sábado? Acha que vai vender bastante?
Estreio e acho que vai vender, a torcida do Palmeiras sempre me deu muita moral, então a homenagem que estão fazendo o Palmeiras e o patrocinador me deixa muito feliz. Apesar de eu não ganhar nada com isso financeiramente (risos), fico feliz por ter uma camisa exclusiva minha.

Aos 38 anos, você serve de exemplo para os garotos do Palmeiras?
Eu tento ajudar, mas o Felipão me xinga demais. Ele pergunta o que eu acho, aí eu digo a ele e a resposta é “Vai se ferrar, você não sabe nada”. Mas eu procuro falar alguma coisa, tenho uma certa experiência e o Felipão me ajudou muito na carreira. Às vezes, o que ele não consegue passar fora do campo eu tento passar dentro, o Felipão sabe que pode contar comigo como um parceiro. Antes de treinador, é um grande amigo que eu tenho.

Dá para aguentar mais um ano jogando profissionalmente?
Será? Acho que não, já falei para os caras que se for pra ser segundo ou terceiro goleiro, tudo bem. Se eu continuasse, o ideal seria ser reserva do Rogério Ceni, que esse não joga nunca (risos). Mas se eu falar que eu vou renovar, o Deola e o Bruno se suicidam. Então vamos esperar, o importante é nesse ano fazer um bom campeonato e jogar bem, estou conseguindo fazer isso mesmo com algumas dores. O pensamento é de encerrar no fim do ano, mas se o Palmeiras fizer uma proposta estou aí para escutar. Vamos ver quanto eu recebo.

E se o time se classificar para a Libertadores?
Dá uma coceirinha para continuar, claro. A gente sabe que hoje em dia eu não jogo com 100% das condições, mas a zaga ajuda muito e a bola chega pouco ao gol. Então isso dá uma animada. Mesmo assim é difícil mudar de ideia. Todo ano vai ter esse papo de “vai parar, não vai parar". Mas se o Palmeiras fizer a proposta a gente vai escutar. Gosto de um dinheirinho também, vai que o dinheiro é bom. Deixa o joelho ficar podre aí, com dinheiro na conta não tem problema (risos).

Qual a sensação de receber tantas homenagens nesse provável último ano de carreira?
Na verdade eu nem gosto muito disso, de muita festa. Toda vez que eu uso pela primeira vez uma camisa, algo assim, a gente toma um sacode. Colocaram para estrear essa contra o Grêmio, aí já jogam uma pressão absurda para cima de mim. Ficam fazendo aquela festa, e tal, e aí um cara sapeca um chute lá do meio da rua e vão reclamar de mim. Tenho de ficar atento, é um dia especial, de uma grande homenagem. Fico feliz por tudo isso.

Dá tempo de responder mais alguma pergunta?
Rapaz, é meu aniversário e tudo, mas o Felipão vai me matar se eu não entrar logo nesse ônibus (risos).

Parabéns, Marcos!
Muito obrigado. Fui!
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