Olhar Direto

Terça-feira, 23 de julho de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Cientistas de colisor de partículas promovem concurso de arte

A Organização Europeia de Pesquisa Nuclear (Cern) anunciou nesta quinta-feira (4) um novo programa que une ciência e arte para promover música e pintura inspiradas pelas maravilhas do cosmos.


O programa vai envolver a organização em projetos culturais que sejam influenciados pela física de partículas que ocupa posição central no trabalho do Cern.

'As artes e a ciência estão inextricavelmente conectadas, pois ambas são formas de explorar nossa existência, o que significa ser humano e qual é o nosso lugar no Universo', disse físico alemão Rolf Heuer, diretor geral do Cern e fã de música clássica.

Mariko Mori, uma conhecida artista japonesa nos campos do vídeo e fotografia, ofereceu uma visão mais lírica das ideias que embasam o programa, que será dirigido por um 'Conselho Cultural das Artes' e convidará artistas para períodos de residência no Cern.

'O desafio do Cern, descobrir a verdade de nossa existência por meio de ciência revolucionária, oferece inspiração aos artistas e criadores de todo o mundo', disse Mori, depois de uma recente visita ao centro, que fica na fronteira entre a Suíça e a França.

O Cern lidera os esforços da humanidade para 'compreender o que somos', disse Mori, que cria visões de mundos alienígenas por meio de esculturas, pinturas e vídeos.

O 'conselho cultural' de cinco integrantes, entre os quais o diretor de uma importante companhia de ópera francesa, o presidente de um museu suíço e um físico do Cern cuja especialidade é a busca da antimatéria, selecionará dois projetos ao ano para que recebam o selo de aprovação da organização.

O centro opera com orçamento severamente controlado pelos 20 países europeus que o bancam e não tem verbas a oferecer para as artes, mas Heuer diz que seu apoio moral facilitará a busca externa de fundos para cada projeto selecionado.

O Cern, cujo Grande Colisor de Hádrons (LHC) tem simulado trilhões de miniversões da explosão que criou o Universo 13,7 bilhões de anos atrás desde seu lançamento em março de 2010, não é novo no mundo das artes.

Físicos do centro formaram uma banda de jazz e uma orquestra e os sons de partículas se chocando dentro do LHC foi convertido em música.

No ano passado, um artista norte-americano foi convidado para usar um prédio de 3 andares no complexo principal do instituto para fazer um mural pop que ilustra o que ele chama de mitologia secular de uma 'catedral da ciência'.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 
Sitevip Internet