Com pouco mais de 3% dos servidores em greve, o governo do Estado já começa a enxergar outros motivos para as paralisações, que nada têm a ver com reajustes salariais, mas sim com questões políticas. Segundo o secretário de Administração, Cesar Zílio, de olho nas eleições do ano próximo ano muitos sindicalistas têm usado os movimentos grevistas como "palanque eleitoreiro".
“Em todo movimento existem servidores que estão empenhados em buscar melhoras salariais e tem servidores que têm ambições políticas. Nós entendemos isso com naturalidade e com maturidade. Nós sabemos que dentro dos sindicatos existem servidores que têm ambições políticas e o fato das eleições estarem se aproximando, isso estimula ainda mais a abertura de um palanque para o discurso”, avalia Zílio.
Na atual conjuntura, são três as categorias em greve no Estado: Detran, Sema e Polícia Civil. No Detran, a greve dos servidores ocorre desde o último dia 27 de julho. Conforme o sindicato da categoria, o salário para os agentes de nível médio e superior alcança entre R$ 1,25 mil e R$ 2,9 mil, respectivamente.
O pedido é que sejam reajustados para R$ 2,05 e R$ 4,3 mil, a partir deste ano. Em julho, o governo propôs uma alta de 4,86% a partir de 2011 e o pagamento fracionado de 10% pelos próximos três anos. A categoria não aceitou a proposta. Na reunião de hoje, o secretário reapresentou para o a presidente do sindicato a 'última proposta' de 13,21% de reajuste já para o próximo mês, e de pouco mais de 12% para 2012 e 2013 e 2014.
Os investigadores e escrivães da Polícia Civil pedem salário inicial de R$ 3,46 mil. O governo propôs R$ 3,27 mil, de forma fracionada, iniciando em 2011 e encerrando em maio de 2014. A proposta foi recusada pelos servidores.
Os servidores da Sema também reivindicam reajuste salarial. Atualmente, o salário inicial é de R$ 2,8 mil e o final chega a R$ 7 mil. A categoria quer que os salários cheguem a R$ 6 mil para o começo de carreira e cerca de R$ 11 mil para quem tem 30 anos de atuação.
Atualizada e corrigida às 23h59
