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Terça-feira, 23 de julho de 2024

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Oposição diz que vai ao MP e pedirá nova convocação de ministro

Líderes da oposição anunciaram neste sábado (6) que enviarão representação ao Ministério Público e pedirão a convocação ao Congresso do ministro da Agricultura, Wagner Rossi, e do secretário-executivo Milton Ortolan, depois que reportagem da revista "Veja" apontou ligação entre eles e um lobista que defenderia o interesse de empresas em processos de licitação do ministério.


Ortolan pediu demissão neste sábado, depois que começou a circular a edição do final de semana da revista. A assessoria do Ministério da Agricultura divulgou notas em que ambos - ministro e secretário - afirmam não terem vínculos com o lobista e negam ter cometido irregularidades.

Segundo a revista, o lobista Júlio Fróes mantém um "escritório clandestino" dentro do ministério no qual prepararia editais, analisaria processos de licitação e atuaria em favor de clientes.

O líder do PPS, Rubens Bueno (PR), disse que o partido pedirá a convocação de Wagner Rossi para que ele explique na Câmara as denúncias apresentadas pela revista. Na semana passada, Rossi já esteve na Comissão de Agricultura da Câmara falando sobre supostas irregularidades na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Segundo o PPS, a assessoria jurídica do partido estuda ingressar com uma representação no Ministério Público Federal contra Julio Fróes e os responsáveis por licitações do ministério.

O líder do PSDB na Câmara, deputado Duarte Nogueira (SP), afirmou que o partido apresentará requerimentos nas comissões técnicas da Câmara para que Ortolan e os responsáveis pelas licitações no Ministério da Agricultura apresentem esclarecimentos.

"O ministro Wagner Rossi foi à Câmara nesta semana para negar qualquer irregularidade em sua pasta. Três dias depois cai o seu braço direito. É, no mínimo, de se estranhar. A demissão é um indício de que há muito mais a ser descoberto e investigado", afirmou.

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) defendeu a convocação de Ortolan e de Júlio Fróes. "“Isso é resultado desse loteamento de cargos entre os partidos aliados, que estimula a corrupção"”, afirmou.
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