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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

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PCH denunciada doa quatro veículo à Sema por compensação ambiental

Foto: Reprodução

PCH denunciada doa quatro veículo à Sema por compensação ambiental
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) recebe, da empresa paranaense Cravari Geração de Energia S.A, quatro veículos grandes – caminhonetas - para serem usados por gerências regionais, na fiscalização de parques estaduais de conservação. O repasse das caminhonetas é parte de compensação ambiental da construção da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Bocaiúva, em Brasnorte (562 km de Cuiabá).


O termo foi publicado nessa quinta-feira (11), no Diário Oficial do Estado. Conforme o documento, os veículos serão usados no Parque Estadual Serra de Ricardo Franco, Parque Estadual do Araguaia, Parque Estadual do Xingu e, Parque Estadual Serra de Santa Bárbara.

A PCH Bocaiúva é pivô de uma discussão entre o produtor rural de Brasnorte, David Tadeu Perin, e o secretário Alexander Maia. O agricultor chegou a gravar um vídeo de conversa com Maia apontando as irregularidades da PCH, mas o secretário repreendeu David, ameaçando “prender e algemar” quem insistisse em denúncias sem fundamento.

Autor de denúncias de crimes ambientais cometidos pela Cravari na construção da PCH Bocaiúva, o agricultor registrou, em setembro de 2010, boletim de ocorrência na polícia informando estar sendo ameaçado de morte. “São telefonemas anônimos perguntando se não tenho medo de morrer. Também falam para tomar cuidado porque meus dias estão contados”, revelou Perim, em entrevista à imprensa, na época.

Em depoimento na Delegacia de Polícia Civil de Campo Novo dos Parecis (120 km de Brasnorte), Isaias Correia Vieira revelou que recebeu uma proposta de R$ 35 mil para executar David Perin. A oferta do dinheiro em troca da execução partiu de dois homens identificados como “Barato” e “Guarapuava”, que seriam encarregados da PCH Bocaiúva, denunciada ao Estado pela suspeita de cometer crimes ambientais. Porém, ambos não informaram o motivo do “acerto de contas”.

Irregularidades

Conforme relatório de fiscalização do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), o processo de instalação da PCH Bocaiúva registrou graves irregularidades. Na lista, está a construção de uma estrada dentro da terra do Incra, sem autorização e sem licença de desmate, o que provocou a destruição de uma nascente de água.

Ainda houve aumento de área sem a devida indenização aos posseiros e prejuízos aos moradores, porque vários lotes que chegavam até o Rio Cravari ficaram sem água, por causa de uma cerca feita pela Cravari Geração de Energia S/A. Também foi aberto espaço para construção de um canteiro de obras no lote de um assentado, sem a devida autorização do Incra.

Para impedir o acesso de assentados ao lago, a empresa Cravari Geração de Energia instalou cercas de arame liso, ao longo do perímetro da PCH Bocaiúva.
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