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Quinta-feira, 01 de agosto de 2024

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Arrecadação de impostos tem a primeira queda no 1º trimestre desde 2003

A arrecadação de impostos e contribuições federais, o que inclui o INSS e as chamadas "demais receitas", somou R$ 53,26 bilhões em março deste ano e R$ 159,8 bilhões no primeiro trimestre deste ano, informou nesta quinta-feira (16) a Secretaria da Receita Federal.


No que se refere apenas aos impostos e contribuições federais (única comparação possível com anos anteriores pelos dados disponibilizados pela Receita), a arrecadação totalizou R$ 52,4 bilhões em março e, nos três primeiros meses deste ano, somou R$ 155,6 bilhões.

Contra o primeiro trimestre de 2008, houve uma queda nominal de 0,58%, informou a Receita Federal. Ao se corrigir os valor da arrecadação do ano passado pela inflação, houve, porém, uma queda real bem maior: de 6%.

Essa é a primeira queda da arrecadação de impostos e contribuições federais (a chamada receita administrada) desde 2003, quando tem início a série histórica da Receita Federal. Com isso, as receitas dos tributos recuaram pela primeira vez em ambos os mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Mês de março

Somente no mês de março, a arrecadação total, de R$ 53,26 bilhões, teve queda de 1,11% sobre o mesmo mês do ano passado, enquanto as receitas administradas (somentes dos impostos e contribuições federais), que somaram R$ 52,4 bilhões no mês passado, recuaram 0,63%. As quedas nas duas comparações é em termos reais, ou seja, após os valores serem corrigidos pela inflação.

Embora a queda de 1,11% da arrecadação do mês passado seja menor do que a registrada em janeiro (-7,26%) e em fevereiro deste ano (-11,53%), o recuo de março repesenta o quinto mês seguido de diminuição na arrecadação frente ao mesmo período do ano anterior.

A arrecadação começou a cair de novembro de 2008 em diante. Isso é reflexo, principalmente, da crise financeira internacional, que tem diminuído a procura por produtos e serviços no Brasil, assim como a produção e a renda da população, e das reduções de impostos para combater os efeitos da crise. Com menos vendas, e lucratividade menor das empresas, diminui também o recolhimento de tributos.
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