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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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Risco de que um autista tenha irmão autista é maior do que se pensava

Uma nova pesquisa mostra que a probabilidade de que uma criança que tenha um irmão mais velho autista também desenvolva a síndrome é bem maior do que se imaginava: 18,7%, enquanto a estimativa anterior variava entre 3% e 10%.


Os pesquisadores trabalharam com 664 crianças que já tinham pelo menos um irmão autista. A idade média para o início do acompanhamento foi de oito meses. Entre os meninos, 26,2% tiveram a síndrome, e o número para as meninas foi de 9%. Nos casos em que o paciente tinha mais de um irmão com autismo, a recorrência foi de 32,2%

O estudo publicado pela revista Pediatrics é considerado pelos autores como o mais completo já realizado com o objetivo específico de constatar o aparecimento do autismo entre irmãos. Com os novos dados, há mais uma evidência de que os fatores genéticos influenciam o desenvolvimento da síndrome.

“Pais perguntam com frequência qual é o risco de ter um segundo filho com desordens do espectro autista e, até agora, não tínhamos muita certeza da resposta”, disse Sally Ozonoff, professora da Universidade da Califórnia, em Davis, EUA, autora do estudo.

“Esse estudo mostra que irmãos mais novos de crianças com desordens do espectro autista precisam ser seguidas com muita atenção, o que exige algo a mais de que o acompanhamento normal que um pediatra costuma fazer”, concluiu a pesquisadora.

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