O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, criticou nesta segunda-feira (15) o vazamento de fotos de presos pela Polícia Federal na Operação Voucher, mas fez uma ressalva quanto ao uso de algemas durante o transporte dos suspeitos.

“Muitas vezes o policial utiliza as algemas até como maneira de garantir a integridade do preso, mas a algema é muito difícil você falar em tese que o uso da algema foi indevido. É preciso estar na ação e ver a justificativa que o policial deu para que as algemas fossem utilizadas”, disse.

Na semana passada, a PF prendeu 36 pessoas durante a Operação Voucher, que investiga susposto desvio de recursos no Ministério do Turismo. Os presos, inclusive o secretário-executivo do ministério, Frederico Silva Costa, e o secretário de Desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins, foram algemados. Posteriormente, fotos de seis dos suspeitos sem camisa e segurando placas de identificação vazaram e foram divulgadas pela imprensa. Todos os presos já foram liberados.

"A questão do vazamento das fotos é absolutamente inaceitável.É absolutamente inaceitável a exposição das fotos tal como feito. Isso será apurado e os responsáveis devem ser punidos", disse.

Na semana passada, a presidente considerou "inaceitável" o vazamento de uma foto de seis presos na Operação Voucher, que investiga um esquema de desvio de verbas no Ministério do Turismo. As informações foram passadas pelo porta-voz da Presidência, Rodrigo Baena.

Nesta sexta, foi divulgada pelo jornal "aGazeta", de Macapá, foto em que seis suspeitos de corrupção aparecem sem camisa e segurando um papel com a própria identificação.

A Polícia Federal afirmou que não tem responsabilidade pelo o vazamento porque as fotos foram feitas após a prisão dos suspeitos, que ficaram sob custódia no Instituto de Administração Penitenciária (Iapen).