O senador Blairo Maggi (PR/MT) questionou ministro Guido Mantega (Fazenda) sobre a falta de fluxo de caixa para dar prosseguimento em emendas, obras nos Estados, ou seja, o dia-a-dia dos Ministérios e órgãos auxiliares ligados a pasta do investimento. Durante a audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado nesta terça-feira (23), o parlamentar ponderou o ministro quando se referiu que o País não vive um desequilíbrio fiscal.
Segundo o senador Maggi, os órgãos de governo ultimamente têm reclamado muito por não está recebendo verbas para manter o ritmo de trabalho nos Ministérios e departamentos ligados a pasta.
“Estamos com problema de caixa ou isso faz parte da estratégia do corte de 50 bilhões de reais feito no início do ano?”, questionou.
O ministro Guido avaliou que é importante o governo continuar contendo gastos públicos como forma de permitir uma redução mais rápida da taxa básica de juros, atualmente em 12,50% ao ano.
Para Mantega, o controle de gastos públicos cria condições para uma mudança na composição da política fiscal e da política monetária, usado pelo governo para aquecer o desaquecer a economia quando julga necessário.
Obras paralisadas
Em Mato Grosso, obras que dependem de recursos federais estão paralisadas e alguns empreendimentos, ligados ao Ministério dos Transportes, por exemplo, tiveram o cronograma prejudicado devido às denúncias de irregularidades.
Obras como nas BR 242, e na lentidão na duplicação da BR-163/364 e os cronogramas para obras nas travessias urbanas de Cuiabá, Rondonópolis e Barra do Garças, estão entre as que preocupam o governo do Estado devido a falta de recursos federais para dar continuidade aos projetos.