O deputado federal Neri Geller, que está prestes a migrar para o Partido Social Democrático (PSD) com vistas à disputa majoritária municipal em Lucas do Rio Verde, vê com naturalidade a disputa interna que praticamente rachou o Partido Progressista (PP) pela liderança na legenda na Câmara dos Deputados.
Neri fez parte do grupo dissidente formado por 27 dos 41 deputados federais que depuseram o antigo líder do partido, Nelson Meurer (PP/RS). Segundo fontes ouvidas pelo
Olhar Direto nos bastidores do ninho progressista em Brasília, os parlamentares “rebeldes” reclamavam da falta de habilidade do parlamentar gaúcho de efetivar um diálogo dom o governo.
Para Neri, a escolha do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP/PB) para substituir Meurer na liderança foi um processo natural dentro de qualquer partido político.
“Todos os partidos têm disputa interna. Vejo isso com naturalidade. A liderança é um caso específico. O líder tem poder para fazer indicações, fazer pleitos e encaminhamentos”, declarou.
O deputado Neri Geller classifica como exageradas as informações publicadas na revista Veja em torno da pressão que o deputado licenciado Pedro Henry teria feito para que Neri não deixasse o seu grupo de apoio, sob pena de perder o mandato de suplente na Câmara.
“Não foi tudo aquilo que escreveram na revista. Ninguém da revista me ligou. Não fui ouvido. Houve, de fato, uma disputa interna dentro do PP e a liderança foi trocada. Isso é um fato consumado. O Pedro Henry me ligou, mas não fez ameaças. Não temos nenhum problema de relacionamento”, destaca.
Os deputados federais Pedro Henry, João Pizolati (PP/SC), José Otávio Germano (PP/RS), Nelson Meurer (PP/RS) e Luis Fernando Faria (PP/MG) integram grupo quer apóia a permanência do ministro das Cidades, Mário Negromonte, que é apontado como pivô de um esquema chamado ‘Mensalinho do PP’ para formação de uma base coesa dentro do partido.
Estes deputados que foram derrotados tentam reverter a perda da liderança do PP na Câmara. Segundo reportagem publicada pela revista Veja neste fim de semana, vários parlamentares, entre eles Neri Geller, estão sendo pressionados para votar conforme o grupo que comanda o Ministério.
