A disputa pela Prefeitura de Cuiabá, em 2012, não é prioridade para o suplente de deputado estadual e vereador Deucimar Silva, presidente da Executiva Municipal do Partido Progressista. O carro-chefe do PP, em 2012, segundo Deucimar, será a reestruturação do Partido Progressista, após as defecções registradas nas última semanas, com as saídas dos grupos que migraram para o Partido Social Democrata (PSD).

A debandada do PP, organizada pelo vice-governador Chico Daltro com os deputados federal Eliene Lima, secretário de Ciência e Tecnologia, e estadual José Geraldo Riva, presidente da Assembléia Legislativa, representa a maior baixa da história do PP, que é a agremiação mais antiga do Brasil, sucessora do extinto PDS (década de 80) e, depois, PPB (anos 90).

“É essencial, neste momento, trabalhar para manter a grandeza do PP e, se possível, até ampliar seus quadros”, argumenta Deucimar, ao lembar que a legenda possui hoje três cadeiras na Câmara de Cuiabá: Everton Pop, líder do Executivo; Marcus Fabrício, em substituição a Levi Andrade; e ele próprio. Somente Deucimar deve permanecer.

 Deucimar não vê a possível disputa pelo Palácio Alencastro como um sacrifício pessoal, já que, hipoteticamente, ficaria sem mandato, em caso de derrota. O sentido figurado dessa projeção, feita insistentemente por como alguns veículos de comunicação, representaria um pensamento tacanho.

“Sacrifício é a gente fazer o que não quer ou algo inútil. Digo que se a minha candidatura a prefeito de Cuiabá for necessária para fortalecer a legenda e, assim, dar maior musculatura ao PP, vou em frente”, avalia ele. “Se, assim, assegurar uma bancada forte, na Câmara Municipal, os ‘profetas do caos’ podem começar a saber que vou para a disputa, com destemor”, justifica ele.

O presidente do Diretório Municipal argumenta que não tem economizado saliva, ultimamente. “Não existe candidato do eu sozinho e que, por isso, estou consultando as bases partidárias, organizações sociais e movimento comunitário, entre outros”, justifica ele.  Deucimar Silva afirmou que tendência é o PP ter chapa própria, para a
Câmara Municipal. Ele explica que serão preparados pelo menos 15 ou 20 nomes em condições de igualdade para a disputa de uma cadeira no Palácio Paschoal Moreira Cabral. “Aqui não vai ter ‘bicho-papão’, porque todos vão estar próximos, em capacidade eleitoral para chegar ao Legislativo de Cuiabá”, resume o presidente progressista.