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Sábado, 20 de julho de 2024

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Traídos

Professores se revoltam contra reitora e cobram campus da UFMT

Foto: Divulgação

Campus da UFMT quer autonomia administrativa e financeira

Campus da UFMT quer autonomia administrativa e financeira

Professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) campus de Rondonópolis estão revoltados com a criação do campus da universidade em Várzea Grande, em detrimento da criação da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), demanda pleiteada há dez anos pela comunidade acadêmica. “Isso é traição. Para a construção do campus era necessário projeto, nunca falaram sobre isso conosco. O campus de Rondonópolis está abandonado, excluído, ignorado. Tudo depende de Cuiabá para dar andamento nos trabalhos”, reclamou um professor ligado a Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat).


O presidente da associação, Laudenir Antônio Gonçalves, aponta que há um número considerável de professores com doutorado e pós-doutorado com certificados das melhores universidades do país, como Universidade de São Paulo (USP), 17 cursos de graduação e dois de mestrado, mas reclama da falta de respeito em relação à equipe. “Há projetos nossos na CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) aprovados com louvor. Essas coisas precisam ser reconhecidas”.

A falta de autonomia administrativa e financeira do campus de Rondonópolis resulta no abandono. Faltam salas de aula, os laboratórios são precários, ausência de infraestrutura em geral. A primeira turma de Engenharia Mecânica que formou neste mês passou por poucas e boas para conseguir o diploma. O principal problema foi a falta de professores. Apesar de abrir concurso, ou não apareciam candidatos ou estes era aprovados para vinham tomar posse.

Existe um temor da reitora Maria Aparecida Cavalli Neder transferir o curso de Engenharia Mecânica de Rondonópolis para Várzea Grande. Ontem o tema foi discutido na sessão da Câmara de Vereadores. “Existem os rumores que isso vai acontecer. Precisamos lutar para que isso não ocorra”, disse o presidente da Casa, Ananias Filho (PR). O assunto será debatido hoje à noite, em uma reunião, às 19 horas, na UFMT com a presença de representantes políticos do município.

A assessoria da UFMT em Cuiabá informou que apesar do campus de Várzea Grande abrigar cursos das áreas de tecnologia e engenharia, não significa que a universidade vá retirar cursos da área dos outros campi no interior. Também foi informado que a luta por um campus da UFMT em Várzea Grande é antiga por ser a segunda maior cidade do Estado. Além disso, a assessoria argumentou que existem diferenças entre construir um campus e criar uma nova universidade federal.
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