A decisão que resultou no afastamento do delegado da Polícia Civil João Bosco do Centro Integrado de Segurança e Cidadania (CIsc) Verdão seria uma ação direta do secretário de Estado e Segurança Pública, Diógenes Curado, por não ter aceitado as críticas a seu modelo de gestão.
A afirmação é do próprio delegado João Bosco, que afirma não acreditar que o governador Silval Barbosa (PMDB) tenha mandado 'rebaixá-lo'. “Isso não é coisa do Silval, é coisa dos secretários. E o Curado foi o primeiro”, destaca, afirmando que a medida foi ‘adotada’ após ele ter feito um apelo pelo fim da greve.
“Pedi para que ele (Curado) tentasse evitar a greve e quando vejo acontece isso. Não sabia que nesse governo não tinha direito de pedir”, pondera.
Indignado com a retaliação, Bosco fez várias críticas ao atual gestor da pasta de segurança e indaga Curado sobre os critérios utilizados para que um delegado do porte dele fosse transferido a uma comarca de poucas ocorrências, como a de Acorizal e Distrito da Guia.
Ele lamenta o nível que a situação alcançou ainda mais por apenas ter pedido pelo fim da paralisação. Logo após o crime de assalto na Galeria Itália, na última segunda (29), Bosco comentou que governo e grevistas deveriam entrar em acordo para que os trabalhos de investigação não ficassem prejudicados.
Ele acredita que a decisão foi motivada por quesitos pessoais, embora tenha visto o secretário pessoalmente apenas uma vez na vida. “O que acontece é que esse povo não quer ver a verdade”, destaca.
Atualizada e corrigida às 21h31