Para os ex-governadores de Mato Grosso a situação da criminalidade que vem assolando o estado é grave e preocupante, segundo apurou o Olhar Direto. A reportagem conversou com exclusividade com os ex-governadores de MT que hoje fazem parte da política nacional, no Congresso.

Para o último governador que deixou o Palácio do Paiaguás, o senador Blairo Maggi (PR/MT) o crescimento da criminalidade é no Brasil inteiro e não apenas em Mato Grosso e a questão da violência passa pela deterioração da família.

“A questão da violência no Brasil e no Estado de MT passa muito pela deterioração da própria família. A educação dada aos filhos está se modificando, hoje as crianças são criadas com cada um a cada dia, e isso trás problemas”, ressaltou o republicano.

Para Maggi, a sociedade vem mudando o comportamento, e o estado têm que acompanhar a mudança com leis mais fortes e uma policia com mais contingente.

“As leis tem que ser endurecidas e a força do estado na questão policial teve ser aumentada, não tenho dúvida disso. Mato Grosso tem uma deficiência e o governo nesse caso está propenso a dar uma atenção”, pontou.

Caso o estado não tiver condições de fazer neste momento a segurança pública com recursos própria, segundo Blairo Maggi, existe outras formas de fazer, como por exemplo, a própria Força Nacional.

“Isso é uma questão política com decisão técnica. Não tenho dúvida de que se chegar a esse ponto, o Estado pode recorrer como outros já fizeram nos momentos difíceis, como o de greve, por exemplo”, destacou o senador.

De acordo com o senador Jayme Campos (DEM/MT), o governo tem que tomar algumas providências emergenciais para que o Estado não vire uma guerra como em outros países como na Colômbia e Iraque.

“Não somente o governo, mas o governo federal também para não ocorrer o que temos vistos nesses últimos dois anos em Mato Grosso. A federação é uma das mais violenta do País que está tendo mais homicídio que a guerra do Iraque ou na Colômbia na época de Pablo Escobar”, comparou em entrevista ao Olhar Direto.

Já para o deputado federal Júlio Campos (DEM/MT), a greve está prejudicando a situação da segurança pública no Estado, além dos assaltos e homicídios que tem acontecidos recentemente em Cuiabá.