Líderes estudantis e do sindicato de professores realizavam neste sábado uma primeira reunião com o presidente Sebastián Piñera na casa de Governo, em uma tentativa de destravar um conflito estudantil que já se estende por mais de três meses.

"Vamos ter uma projeção e visão que permitirão ver se existe uma real vontade por parte do Executivo de avançar nas mudanças no sistema educacional exigidas pelos estudantes", afirmou Camilo Ballesteros, presidente da federação de estudantes da Universidade de Santiago, ao entrar na reunião.

"Não podemos assegurar que existe um fim do conflito", acrescentou o dirigente sobre as expectativas dos estudantes, que por mais de três meses protagonizaram as maiores manifestações dos últimos 20 anos no Chile, exigindo uma educação pública gratuita e de qualidade.

O porta-voz do Governo, Andrés Chadwick, assegurou, por sua vez, que "o ânimo do presidente é muito positivo para a reunião com os estudantes".

"Da noite para o dia, e em apenas um dia não se pode alcançar tudo. Buscaremos o objetivo de expor de que forma e por qual caminho se pode avançar", acrescentou o porta-voz.

Enquanto isso, o ministro da Educação, Felipe Bulnes, detalhou que "temos as melhores intenções para ter uma boa troca de opiniões e encontrar convergência nos múltiplos pontos, sempre pensando no melhor".

Os líderes estudantis Camila Vallejos e Giorgio Jackson também participam da reunião, além do presidente do Sindicato de Professores, Jaime Gajardo. Os estudantes protestam há três meses exigindo uma educação pública de qualidade.