Um laudo emitido pela Perícia Oficial e Identificação Técnica de Mato Grosso (Politec) na tarde desta sexta-feira (9) comprova que o conteúdo do áudio das gravações de conversas da diretoria da Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap), divulgado pelo vereador Deucimar Silva (PP) à imprensa e que dava a entender que o ex-presidente da instituição, deputado estadual Aray Fonseca (PTB), ‘comercializava’ cartas convite foi mesmo editado e pode ter sofrido alterações em até 58 pontos.

Há cerca de quinze dias Aray convocou uma coletiva de imprensa para denunciar que o conteúdo divulgado pelo vereador e amplamente reproduzido pelo Grupo Gazeta de Comunicação, havia sofrido cortes de edição nos áudios com intuito de manipular e fraudar o conteúdo das conversas para incriminá-lo.

Aray, que na época suspeitou da edição, afirma que esta é a prova de que tudo não passou de uma armação feita pelo vereador para tentar forçá-lo por meio de chantagem, a renovar o contrato vencido que a Sanecap tem com a empresa de serviços terceirizados Luppa, pertencente à esposa dele, de maneira irregular e sem licitação.

Além do vereador, o presidente acusa o empresário Dorileo Leal, proprietário do grupo Gazeta de Comunicação, de ter extrapolado divulgando gravações manipuladas e inverídicas, por puro ato de desespero de quem quer ser candidato a prefeito de Cuiabá. “Se o Dorileo quer ser político, que entre então pela porta da frente, não usando artifícios escusos criados pelo comitê da maldade”, disparou.

Segundo Aray, diante dos apontamentos do laudo, ele pretende processar o empresário e o vereador, pelos crimes de calúnia e difamação. A indenização pedida será algo em torno dos R$ 10 milhões. Apesar de apontar que o áudio sofreu manipulações, o laudo não aponta se foi de maneira maliciosa, ou com intuito criminoso.