O Ministério Público Federal (MPF) também deverá investigar a razão pela qual o nome do ex-secretário de Administração de Mato Grosso Geraldo De Vitto foi simplesmente retirado da lista dos possíveis indiciados pelo superfaturamento na compra de 705 máquinas e caminhões, realizada pelo Governo do Estado, na gestão do ex-governador e atual senador Blairo Maggi (PR).

Considerado ‘um fato novo’, a abertura de investigação da remoção do nome do ex-secretário da lista dos supostos envolvidos no esquema foi incluída no 'processo' que já tramita no MPF.

No total, mais de R$ 44 milhões foram surrupiados dos cofres públicos estaduais, numa das maiores fraudes em licitação já tornadas públicas em Mato Grosso. Detalhe: a administração estadual se tornou ré confessa desde que a própria Auditoria Geral do Estado (AGE) confirmou o rombo.

Já Vilceu Marchetti, que na época comandava a pasta de Infraestrutura, segue na listagem de que serão indiciados. As informações são da assessoria da própria Procuradoria da República em Mato Grosso.

E o caso é marcado por idas e vindas tanto na Justiça Estadual quando na esfera federal, em que pese o fato de o MPF de Mato Grosso ser considerado um dos mais eficientes do Brasil. 

Em julho deste ano, por exemplo, no Tribunal Regional Federal (TRF) da 1º Região, o desembargador Gláucio Maciel Gonçalves suspendeu a ação popular referente ao “escândalo dos maquinários”, que tramita na 1ª Vara Federal, sob comando do juiz Julier Sebastião da Silva.

No Ministério Público Estadual (MPE) também tramita um inquérito policial para apurar denúncias de fraudes nas licitações promovidas pelo Estado para aquisição os maquinários através do “Programa Mato Grosso Equipado 100%” em abril de 2010.