No último sábado, a seleção brasileira masculina de basquete garantiu a vaga nas Olimpíadas de Londres após 15 anos longe da principal competição do esporte. Com a classificação, voltaram às críticas a Nenê e Leandrinho, jogadores que pediram dispensa e não participaram da Copa América, torneio de classificação para os Jogos de 2012.

Uma das maiores jogadoras do mundo e hoje diretora da seleção brasileira feminino de basquete, a Rainha Hortência discorda que os atletas tenham obrigação de servir à seleção. Mas defende que eles deveriam retribuir o que o esporte brasileiro já fez por eles.

- Se Nenê e Leandrinho são o que são hoje na NBA, ganharam dinheiro e reconhecimento, é graças à seleção brasileira, que os colocou para todo mundo ver. Então, acho que eles deveriam retribuir isso ao basquete brasileiro - afirmou em entrevista ao "Tá na Área".

Hortência criticou também a falta de atitude da Confederação Brasileira de Basquete no passado, que não soube aproveitar o bom momento que a modalidade vivia quando ela e Paula jogavam para desenvolver melhor o esporte no país.

Ela afirma que, quando se aposentou com 35, 36 anos, tinha apenas Janete como sua substituta, quando deveriam haver muitas outras meninas praticando basquete. Segundo ela, a geração atual não tem mais tanto orgulho em vestir a camisa do Brasil.

- Nós temos que compreender que a nossa geração é diferente dessa geração de agora. O mundo não é mais como antigamente. Beija a camisa. Mudou, globalizou. Então, antes a gente ficava aqui com orgulho de ser brasileiro. Eles têm orgulho também, mas não é igual antigamente. Você joga, você sua a camisa pelo Brasil, porque é obrigação. Não! Ninguém tem obrigação hoje em dia de vestir a camisa do Brasil. No futebol é a mesma coisa, ninguém tem obrigação, porque eles ganham muito dinheiro, eles tem medo de se machucar - afirmou durante o quadro "Tá em Casa".