O secretário de Segurança, Diógenes Curado, classificou como oportunistas os delagados que fizeram diversas declarações externando descontentamento com a cúpula de pasta em Mato Grosso, durante a greve das categorias da Polícia Civil. Nos discursos, os delegados afirmaram que o gestor não estaria interessado em acabar com a paralisação, fato que provocou polêmica nos bastidores da Polícia Civil.
Em entrevista ao
Olhar Direto, Curado afirmou que as diversas declarações de delegados contra a sua gestão foram dadas em momentos inoportunos com intenção de provocar reações. “Não podemos citar nomes, mas aproveitaram o momento para abordar essas questões. É um oportunismo”, destacou.
Agora, nove dias depois de encerradas as paralisações da Polícia Civil, o gestor declara que a crise está se resolvendo e que todos os problemas apontados durante as manifestações já estão sendo encaminhadas. Ainda na terça-feira (13) foi designado o novo diretor para a Delegacia Metropolitana, Luciano Inácio da Silva, em substituição a Clocy Hugney, que abdicou do cargo por motivos pessoais.
Além das eventuais substituições nos cargos de delegados, outras medidas já estão sendo adotadas para cumprir os acorsos firmados entre sindicato e Estado. Entretanto, os dias em que agentes escrivães se ausentaram dos trabalhos serão descontados, bem como havia prometido o governador Silval Barbosa (PMDB) durante as negociações com a categoria.
Durante a greve, o delegado João Bosco, diretor do Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) do Verdão, afirmou que havia sido afastado do cargo em Cuiabá por ter pedido a Paulo Vilela, diretor geral da PJC e a Curado pelo fim da greve. Além disso, o titular creditou ao secretário a decisão de seu afastamento, além de acusar Vilela de ser ‘boi de piranha’ do governo.
Atualizada e corrigida às 20h13
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