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Sábado, 20 de julho de 2024

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DADOS DO ENEM 2010

Jaime Campos propõe "bússola" para orientar políticas educacionais

Foto: Reprodução

Jaime Campos propõe
O senador Jaime Campo (DEM/MT) defendeu a união de esforços entre Congresso Nacional governos e entidades para orientar novas políticas públicas na área de educação. O senador propôs a criação de uma comissão formada por parlamentares ligados à educação, como o senador e ex-ministro da educação Cristovão Buarque (PDT/DF) para buscar caminhos no sentido de apromimorar a edicação.


Jaime citou como exemplo o péssimo desempenho do ensino público de Mato Grosso no ranking do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) divulgado nesta semana pelo Ministério da Educação. Ele lembrou que a quarta pior escola citada no levantamento fica em Várzea Grande.

"Sinto que os resultados do Enem pedem refexão. Devemos construir agora as bases para o futuro, desenvolvendo as tecnologias necessárias para o ensino de qualidade. Precisamos de uma nova bússola para orientar as políticas públicas de educação", pontuou em discurso no plenário do senado nesta quarta-feira (14/9).

Na avaliação do senador Jaime Campos, os resultados do Enem 2010 são o retrato sem retoques do ensino brasileiro. Segundo ele, 99% das entidades educativas tiveram avaliação inferior aos estipulado pelo MEC. O senador disse que as escolas públicas são deficientes e despreparadas.

"A política educacional está criando dois universos paralelos. Um dos excluídos e outro dos bens nascidos. É um cenário injusto com mais pobres. Os pobres aprendem menos, passam a ter menos chances e são presas fáceis da seleção natural do mercado de trabalho. Os mais abastados vivem em uma bolha de prosperidade. Para estes, as persperctivas profissionais são outras", salientou.

Em Mato Grosso, acrescenta, a situação é mais desalentadora. Segundo ele, a escola privada com melhor pontuação aparece apenas na 444ª colocação. Já entidade pública melhor rankeada ficou na 2966ª posição.

O parlamentar demonstrou surpresa ao perceber que o desempenho da economia do Estado não se reflete na educação. Segundo ele, Mato Grosso do Sul, com um Produto Interno Bruto (PIB) de 33,1 bi, em 2008, teve três escolas privadas entre as melhores do Enem e a 49ª posição entre as entidades públicas. Ele citou também o Piauí, com PIB de 14,9 bi, que teve duas escolas entre as dez melhores do país. No período, o PIB de MT chegou a 41 bi.

"Fica claro, portanto, que não existe relação entre potencia econômico e bons resultados da área humana. É preciso compromisso com o setor educacional. MT precisa de estradas, de novas matrizes energéticas e de indústrias. Mas precisa também de gente capacitada para enfrentar novos desafios que o desenvolvimento econômico impõe", constatou.

Jaime atribuiu parte do pífio resultado do ensino em Mato Grosso às disputas internas pelo comando da Secretaria Estadual de Educação que, segundo ele, está "partidarizada e objeto de denúncias de corrupção".

O senador lembrou de afirmação feita pelo ministro da educação, Fernando Haddad, segundo o qual o Brasil precisa investir pelo menos duias vezes e meia o que investe na educação, sob pena de ter um ensino de péssima qualidade.

"É preciso fazer com que todos os setores sentem e busquem soluções. A Argentina tem mais de 30% da população com ensino superior. No Brasil são apenas 12%. Quem sofre é a comunidade, que não tem a quem recorrer", pontuou.
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