Na regional de Rondonópolis, os peritos criminais só realizam perícias em acidentes de trânsito com vítimas fatais. Há apenas 15 profissionais da criminalística para atender vários municípios de Jaciara a Alto Taquari, em uma distância de mais de 300 km.

“A Polícia Civil já sabe das nossas limitações e nos chamam quando há caso mais graves. Há uma necessidade de mais 20 peritos em nossa regional. O correto seria atender casos de pessoas com lesões, mas a nossa capacidade é limitada”, comentou a gerente regional de Criminalística, Ariadne Nunes Ferreira de Matos, durante o lançamento do local do Manual de Perícias em Acidentes de Trânsito, escrito pelo perito Lino Leite de Almeida.

De janeiro até 15 de setembro, a perícia realizou 133 atendimentos na regional. Nos dados não estão incluídos a quantidade de pessoas com lesões em acidentes de trânsito ou aqueles que morreram semanas depois do acidente.

Além da elaboração de laudos de acidentes de trânsito, os peritos têm que dar conta para atender demandas de homicídios, exames preliminares, degravações e perícias em crime contra o patrimônio. “Estes (roubos e furtos) casos tomam muito tempo”, comenta Ariadne.

Grande parte da demanda acaba caindo no Instituto Médico Legal (IML) tanto em Rondonópolis, em Primavera do Leste e Alto Araguaia, que acabam atendendo os casos de lesões, sem contar com os atendimentos do Samu.

Manual

O perito criminal Lino Leite de Almeida lançou na quinta-feira (15) o Manual de Perícias em Acidentes de Trânsito, em Rondonópolis. A publicação é um instrumento de orientação a autoridades policiais, familiares de vítimas de acidentes de trânsito e para capacitação de peritos criminais. No livro, Lino analisou cerca de 800 casos de acidentes.

O livro ainda tem a proposta de padronizar as perícias em acidentes de trânsito, o que pode colaborar na elaboração dos laudos.