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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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Proteínas e vitamina C ajudam na cicatrização, explica dermatologista

Depois de falar sobre manchas e unhas, a dermatologista Márcia Purceli, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, voltou ao Bem Estar desta quinta-feira (22) para abordar o tema "cicatriz".


Segundo a médica, essa marca na pele é permanente, e o que pode ser feito é uma cirurgia plástica para escondê-la em algum local estratégico (como dobras, áreas de marcas de expressão, embaixo dos seios, atrás da orelha, etc). Também podem ser feitos tratamentos dermatológicos, mas apenas para amenizar e clarear a cicatriz. Pomadas, injeções e até lasers podem ser usados no consultório.

Infecções e o sol podem agravar ainda mais uma marca deixada por um corte na pele. Se a cicatriz estiver crescendo e ficando grossa, é preciso que a pessoa procure um profissional.

Em relação às mulheres que fizeram parto cesariana, Márcia explicou que os cortes e as cicatrizes têm sido cada vez menores, até encobertos pelo biquíni. Não se deve fazer tatuagem em cima dessa região, recomendou a especialista.

A pele cicatrizada perde todas as características de uma pele normal: não sua mais, não tem mais pelos e pode até perder a sensibilidade – em geral, temporariamente, pois as terminações nervosas foram cortadas. A médica também esclareceu que a cicatriz pode ficar com uma cor de pele diferente por causa da vascularização do sangue, que tenta levar nutrientes e oxigênio até o local. A recomendação, nesse caso, é usar sempre filtro solar.

Apesar de "prejudicados" geneticamente na cicatrização, negros e orientais são beneficiados com um processo de envelhecimento mais lento e um menor risco de câncer de pele, por exemplo.

Para queimaduras por escapamento de moto, depende muito da intensidade da lesão. A cicatrização no corpo varia de 5 (rosto) a 14 dias (pernas). Nas demais partes, gira em torno de sete a dez dias. Após um ou dois meses, é importante voltar ao médico para um acompanhamento.

Proteínas e vitamina C ajudam na cicatrização, por isso são recomendados, disse a dermatologista. Ela também falou que é bom evitar exercícios e excesso de peso na região por pelo menos um mês após uma cirurgia, por exemplo. Isso porque a movimentação dos músculos pode alterar esse processo.

Alguns locais do corpo que têm excesso de movimentação, como o tórax e o abdomen, não aguentam pontos muito finos, por isso precisam ser reforçados e podem até deixar uma cicatriz mais grossa.

Na sequência, Márcia falou sobre estrias, que podem ser consideradas uma cicatriz da pele, o que ocorre após um estiramento das fibras. O melhor momento para tratar as estrias é quando elas ainda estão vermelhas. À medida que o tempo passa, vão enbranquecendo.

Pacientes com diabetes costumam ter mais dificuldade de cicatrização, o que leva até mais de um mês para ocorrer. Os vasos sanguíneos são mais finos e obstruídos, impedindo que esse processo seja rápido.

Marcas profundas de acne ou catapora, geralmente no rosto, podem ser preenchidas com gordura da própria pessoa. Mas esse procedimento só pode ser feito por um dermatologista ou cirurgião plástico. Se a pessoa estica a cicatriz e mesmo assim ela continua aparecendo, é porque se trata de uma lesão mais profunda.

Por fim, Márcia esclareceu que queloide não tem cura, mas é possível amenizá-lo. Pessoas que têm tendência devem evitar brincos (que podem ser de pressão), piercings e tatuagens.
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