A partir da próxima terça-feira (27), bancários de Mato Grosso e do restante do país entrarão em greve por tempo indeterminado. Em assembleia geral da categoria, realizada na noite desta quinta-feira (22), na Praça da República, em Cuiabá, eles rejeitaram por unanimidade a proposta de aumento salarial oferecida pelos banqueiros, 0,37% acima da inflação somado ao índice de 7,8% sobre os salários.

Os trabalhadores querem reajuste salarial de 12,8%, composto de 5% de aumento real e outros 7,5% de ganho inflacionário. Os bancos marcaram uma nova reunião para hoje (23). A categoria também quer participação de lucros e resultados (PRL) de três salários, mais R$ 4.500, piso de R$ 2.297, vale alimentação e refeição de R$ 545 per capita entre outras coisas.

A campanha salarial da categoria começou em 13 de agosto, data que a pauta de reivindicações foi entregue às entidades patronais. Entre os pedidos dos trabalhadores há as chamadas cláusulas não econômicas que abrangem questões relacionadas à saúde do trabalhador.

“Os bancários foram unânimes ao recusar a proposta rebaixada da Fenaban, que não garante mais investimento em segurança nos bancos nem contratações. Já passamos por 25 ataques a banco em Mato Grosso e a Fenaban não demonstrou nenhuma sensibilidade nesta questão. Queremos emprego decente e tivemos que usar este último instrumento de mobilização para que o banco atenda as nossas reivindicações. Pedimos que a população entenda nossa luta, pois contempla melhoria para todos. Merecemos bancos seguros onde o terror não esteja presente. Não abrimos mão das nossas reivindicações”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso, Arilson da Silva.

Atualizada e corrigida às 11h53