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Segunda-feira, 20 de maio de 2024

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caso leopoldino

Josino e Pieroni são condenados por farsa e defesa vai questionar decisão

O delegado da Polícia Civil Márcio Pieroni e o empresário Josino Guimarães foram condenados pelo juiz da 7ª Vara Federal, Paulo Cesar Alves Sodré. Eles foram os principais articuladores da farsa montada para levantar a hipótese de que o juiz Leopoldino Marques do Amaral, assassinado em setembro de 1999, estaria vivo e morando na Bolívia. A decisão foi proferida na noite dessa sexta-feira (23) e o advogado de defesa do empresário, Waldir Caldas, deve questionar judicialmente a forma como foi divulgada a informação.


Pieroni foi condenado a 17 anos de reclusão, mais 3 anos e 4 meses de detenção e deve ser exonerado do quadro de delegados da Polícia Civil, conforme determinação da Justiça Federal. O empresário, apontado como principal beneficiado com a farsa, foi condenado a 7 anos de reclusão e 2 anos de detenção, ambos em regime fechado, conforme matéria divulgada pelo jornal A Gazeta deste sábado (24).

Os outros participantes da farsa, articulada pelo delegado para beneficiar Josino, que vai à juri popular ainda este ano como mandante do assassinato de Leopoldino, também foram condenados. O agente penitenciário Gardel Tadeu Lima, que prestava serviço na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) junto com Pieroni, foi condenado a em 9 anos e 6 meses de reclusão e 1 ano e 4 meses de detenção, bem como a exoneração do cargo.

O advogado de defesa do empresário, Waldir Caldas, afirmou por telefone ao Olhar Direto que ficou sabendo da condenação pela imprensa e estuda a possibilidade de questionar o fato judicialmente por considerar que as informações foram privilegiadas. “Como as pessoas recebem a informação antes mesmo de sair do gabinete do juiz? No meu entender é uma irregularidade do ponto de vista administrativo”.

O empresário e o delegado estão presos a pedido do Ministério Público Federal (MPF) desde maio deste ano e não terão o mesmo direito que o agente penitenciário e Clóves Guimarães que recebeu a mesma pena do irmão Josino, mas poderá recorrer da decisão em liberdade. O latrocida Abadia Paes Proença deve pegar mais 8 anos de reclusão e mais 1 ano e 4 meses de detenção, uma vez que já está cumprindo pena.

O MPF foi quem havia pedido a condenação dos cinco envolvidos na farsa para tentar tumultuar o processo que investiga a morte de Leopoldino. Eles foram acusados de formação de quadrilha armada, falsidade ideológica, denunciação caluniosa, fraude processual, quebra de sigilo funcional, interceptação telefônica para fins não previstos em lei, desobediência e violação de sepultura.

No decorrer das investigações foi constatado que o delegado, que é amigo de Josino, teria iniciado uma investigação falsa quando ainda era titular da DHPP para apurar a possibilidade de Leopoldino ainda estar vivo. Porém, as quebras de sigilo telefônico dos envolvidos comprovaram que as ligações interceptadas para o telefone de José Roberto Padilha, que supostamente saberia do paradeiro do magistrado, utilizadas como prova por Pieroni de que o juiz estaria morando na Bolívia partiram do celular funcional de Gardel Tadeu.

Além das inúmeras provas testemunhais e documentais, o dentista José Abel Porto de Almeida confirmou que recebeu R$ 2, 5 mil dos irmãos Josino e Cloves para fazer laudo pericial odontológico, sendo que a investigação presidida por Pieroni estava à época sob segredo de justiça, o que comprovaria mais uma vez que a investigação estava sendo conduzida para atender aos interesses pessoais do empresário.

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