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Terça-feira, 07 de maio de 2024

Notícias | Meio Ambiente

Vulcões despertam esforços de monitoramento nas Américas

As erupções do Llaima no Chile central, que tiveram início em 3 de abril, e do Monte Redoubt no Alasca, que começou a rugir em 22 de março, deram um novo impulso aos sistemas de monitoramento de vulcões. Nos Estados Unidos, políticos têm se mobilizado com a erupção do Monte Redoubt, cerca de 180 km ao sudoeste de Anchorage.


No dia 2 de abril, a senadora republicana Lisa Murkowski (Alasca) apresentou uma legislação com o intuito de dar à USGS, agência americana de estudos geológicos, US$ 15 milhões por ano para a montagem de uma rede nacional expandida de instrumentos de monitoramento. Ao mesmo tempo, geólogos dos EUA estão viajando ao Chile para ajudar o país a monitorar seus vulcões. Llaima, que tem erupções freqüentes, é um dos poucos vulcões, entre os 122 ativos no Chile, atualmente monitorados.

A erupção do vulcão Chaiten no dia 2 de maio de 2008 chamou a atenção para a falta de monitoramento da maioria dos vulcões. A erupção forçou a evacuação de quatro mil moradores da cidade vizinha de Chaiten, deixou o local inabitável e perturbou o tráfego aéreo por meses. Como resultado, a presidente chilena Michelle Bachelet decidiu financiar o monitoramento de 40 dos vulcões mais perigosos do país nos próximos cinco anos.

Especialistas chilenos em vulcões estimam que serão gastos US$ 4 milhões com a instalação de equipamentos em oito vulcões de alta prioridade no próximo ano. As peças para o novo sistema foram encomendadas e espera-se que elas cheguem em junho, disse Luis Lara, do Serviço Nacional de Mineralogia e Geologia do Chile.

Em janeiro, cientistas da USGS do Observatório de Vulcões Cascades em Vancouver, Washington, passaram três semanas ajudando seus colegas chilenos a organizar o sistema. A mesma equipe da USGS retornou na semana passada da Indonésia, onde ajudou cientistas a instalar sismógrafos em vulcões de Sulawesi. A USGS também colaborou com a Colômbia nos últimos dois anos na antecipação de erupções.

Os Estados Unidos e seus territórios possuem 169 vulcões geologicamente ativos, mas no momento apenas metade dos vulcões mais ameaçadores possuem sensores sísmicos básicos. Em 2005, a USGS propôs ao Sistema Nacional de Alerta de Vulcões a expansão dos instrumentos, mas sem o apoio do Congresso ou do presidente, o plano foi posto de lado.

Os vulcões de maior prioridade listados eram cinco que tinham erupções ativas ou que "mostravam períodos de atividade significante" em 2005, incluindo o Monte Saint Helens em Washington e o Kilauea no Havaí; 13 vulcões "altamente ameaçadores" - quatro no Alasca e nove na cadeia Cascade no oeste dos Estados Unidos; e 19 vulcões no Alasca e nas Ilhas Marianas que ameaçam rotas aéreas, mas não possuem nenhum monitoramento em tempo real baseado em terra para detectar precursores de erupção.

Resolvendo o problema
O Monte Redoubt mostra os benefícios do monitoramento, que em seu caso começaram após erupções não-detectadas terem quase derrubado um avião com o entupimento de suas turbinas nos anos 1980. Em outubro do ano passado, equipamentos de espectrometria no local detectaram emissões elevadas de dióxido de enxofre, fazendo com que a USGS conduzisse regularmente checagens aéreas de gás.

Então, dias antes da primeira erupção, os sismógrafos deram o alerta necessário. A unidade de prospecção de petróleo da costa foi evacuada e aviões internacionais foram alertados. Depois da erupção, o aeroporto de Anchorage cancelou centenas de vôos.

As partículas das cinzas que põem em risco os aviões tipicamente medem micrômetros - menores que as gotas de água das nuvens - por isso elas são geralmente invisíveis a sistemas de monitoramento climático. Um sistema mundial de nove Centros de Consulta sobre Cinzas de Vulcões detecta nuvens de cinzas e assessora os pilotos, mas os cientistas da USGS dizem que mais pesquisa é necessária para aprimorar a capacidade de descrição das partículas, permitindo uma melhor detecção da presença e do movimento das cinzas.

Alguns deles estão atualmente analisando as cinzas encontradas em um estacionamento de Denver, Colorado, para checar se elas vieram do Monte Redoubt, a 4 mil km de distância do local.
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