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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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COMISSÃO ESPECIAL

Deputados de MT pedem ação da ONU no combate às drogas

Foto: Reprodução

Deputados de MT pedem ação da ONU no combate às drogas
Os deputados Valtenir Pereira (PSB-MT) e Wellington Fagundes (PR-MT) sugeriram que o Ministério das Relações Exteriores acione a Organização das Nações Unidas (ONU) para que a instituição pressione e auxilie países como Colômbia, Bolívia e Peru a produzir arroz, feijão, soja e milho, por exemplo, em vez de plantar coca e maconha.


Integrantes da Comissão Especial de Combate às Drogas, eles defendem maior estímulo à produção de grãos nas terras onde hoje são plantadas coca e maconha. A comissão realizou reunião nesta terça-feira (4/10) para a apresentação de relatórios dos seminários sobre drogas realizados em vários estados.

Valtenir Pereira ressalta que a ONU poderia intermediar financiamentos internacionais para aquelas pessoas que passariam a ser produtores rurais, “dando, inclusive, oportunidade para os povos desses países de poder se manter, de ter a sua renda, o seu ganho, mas de forma equilibrada, responsável, e não prejudicando os demais países do mundo".

Wellington apresentou um pré-relatório sugerindo medidas a serem adotadas pelo governo federal e estadual para combater, prevenir o uso e a entrada de drogas no Estado de Mato Grosso. O pacote de medidas foi formulado durante seminário realizado em Cuiabá, no final do mês de agosto.

Para o republicano é preciso mais atenção e investimentos para fiscalizar as áreas de fronteira de Mato Grosso. “O Estado tem mais de 720 km de fronteira seca com a Bolívia e a falta de agentes policiais acaba facilitando a entrada de drogas no país, principalmente da cocaína”, explica.

Fagundes defende também mudanças na abordagem e no tratamento de dependentes químicos. “O primeiro passo é quanto a maneira de enxergar o viciado, não como marginal, mas como um indivíduo doente”, ressalta Wellington Fagundes

Dificuldades da polícia

Na apresentação sobre Minas Gerais, que tem o maior número de rodovias estaduais e federais do Brasil, o deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG) destacou a dificuldade que a Polícia Rodoviária Federal tem para fiscalizar as cargas lacradas.

Elas podem servir de esconderijo para drogas, como explica o parlamentar. " Nós não sabemos o que está dentro daquela carga ali. E a polícia reclama muito, pois não podem interferer, porque a lei não permite, se não tiver um fiscais sanitário e da agricultura. Então isso é um problema, porque nós temos um agente que está equipado, está preparado, está com um carro, e ele não pode fiscalizar certas cargas."

O deputado Giacobo (PR-PR) destacou a criação de uma polícia de fronteira no Paraná - uma ação conjunta do governo do estado com o governo federal, que prevê a integração das polícias Civil e Militar com a Polícia Federal. Isso já está ocorrendo em Foz do Iguaçu, que faz divisa com a Argentina e o Paraguai.

Já a deputada Sandra Rosado (PSB-RN) disse que chamou a sua atenção, nos seminários realizados em seu estado, a falta de estrutura para se combater as drogas, tanto na prevenção, como no tratamento do dependente químico e na sua reinserção social.

Também a deputada Carmen Zanotto (PPS-SC) reforçou a necessidade de mais recursos públicos no combate às drogas, principalmente com a destinação de verbas para as comunidades terapêuticas que buscam a recuperação dos dependentes químicos.

Os relatórios apresentados nesta terça-feira serão encaminhados para análise do deputado Givaldo Carimbão (PSB-AL), que é o relator da Comissão Especial de Combate às Drogas. (Com informações da Agência Câmara).
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