O vereador Paulo Borges (PSDB), em entrevista concedida na sede do Olhar Direto, confirmou sua candidatura à reeleição e adiantou que vislumbra disputar também, em 2014, as eleições para deputado estadual. Porém, o tucano revelou ainda que, caso não obtenha sucesso na disputa por cadeiras na Câmara de Vereadores, em 2012, e na Assembleia Legislativa, em 2014, irá encerrar a carreira política.

A decisão deve-se ao fato de ele considerar o legislativo municipal "muito limitado".

“O mandato de vereador é muito limitado, porque não se pode propor nada que onere o Executivo. O vereador acaba ficando muito restrito a moção, indicação, e quando envolve questões impactantes, que tem uma contrapartida financeira ou orçamentária, fica impossibilitado. Nós entendemos que a reeleição é o reconhecimento do trabalho. Se formos bem avaliado, vamos viabilizar a candidatura para deputado se for para frente vamos continuar, se não formos eleitos vamos encerrar a carreira para dar espaços para outros vereadores”, afirmou em entrevista exclusiva ao Olhar Direto.

Apesar de pertencer a base do prefeito Chico Galindo (PTB), Borges informou já ter conversado com o chefe do Executivo informado-o que irá atuar como fiscalizador da administração municipal. Ele adiantou que deve convocar alguns secretários para prestar esclarecimento sobre algumas falhas na gestão petebista.

Durante estes primeiros anos de mandato, Borges destaca que acabou não tendo muito tempo para legislar. Ele lembra que foi líder do governo em 2009, ainda na gestão de Wilson Santos (PSDB), considerado por ele o pior ano da administração tucana, pois o período foi marcado pela greve dos médicos e pela judicialização do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Com isso, acabou ficando muito preso às questões do Executivo e depois assumiu o comando da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminfe), também num momento crítico, ficando na pasta por 11 meses. Logo após iniciar o programa Multi Ação, de asfaltamento e recapeamento de ruas na capital, ele deixou o cargo e retornou à Câmara Municipal sob forte pressão.

Os colegas parlamentares o acusaram de estar levando vantagem política do investimento de R$ 40 milhões feito pela Prefeitura, em parceria com o governo do Estado, na cidade. Agora com seu retorno, Borges já adiantou alguns projetos de sua autoria que já foram aprovados, dentre eles, o que obriga os professores entrarem em contato com os pais quando os alunos começam a faltar às aulas. Outro projeto na área da Educação proposto pelo parlamentar é o que obriga a carteira para canhotos.

Borges também quer criar o “cartão morador” para as pessoas que moram no centro de Cuiabá em prédios ou residências que não possuem garagem. A intenção é dar isenção aos moradores que precisam pagar faixa verde para deixar seus carros nas ruas na porta de sua casa. Ele deve retomar a discussão sobre o projeto ainda este mês.

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