O fim das coligações proporcionais também poderia ser estendido para eleições majoritárias em primeiro turno, avalia o deputado federal Júlio Campos (DEM/MT). Ele afirma que com a extinção das alianças nas proporcionais irá purificar a representação parlamentar, tendo cada partido, deputados com mais conteúdo político.

“Concordo que a extinção das coligações será boa. Mas também poderia atingir não apenas as eleições proporcionais, como também na majoritária, obrigando todos os partidos no primeiro turno que todos os partidos tivessem candidato próprio para governador, prefeito e presidente”, avalia o parlamentar.

A avaliação do democrata foi feita em entrevista concedida ao Olhar Direto, no plenário da Câmara Federal, em Brasília, sobre o fim das coligações proporcionais aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, na última quarta-feira (5).

Mesmo dizendo que é a favor do fim das coligações proporcionais, Júlio acredita que o isso não será bom para os Democratas em Mato Grosso, devido ao esvaziamento que a sigla teve para o recém criado PSD (Partido Social Democrático).

“Porque os partidos menores com menos força política sem coligação fica difícil cociente eleitoral e eleger uma representação, não apenas o DEM, mas outros partidos menores”, justifica o parlamentar.

O congressista mato-grossense lembra ainda que a Câmara deve manter o fim das coligações mesmo alguns deputados que fazem parte da minoria, ser favorável. A proposta deve voltar a Casa depois que o plenário do Senado votar.