O crescente desmatamento da Amazônia Legal para o cultivo de soja em Mato Grosso pode estar relacionado a dois fatores, disse a ministra do Meio Ambiente, Izabela Teixeira, durante a divulgação, nessa quinta-feira (13), de dados para a prorrogação da moratória da soja, em Brasília.

De acordo com a ministra, o debate em torno do assunto no Estado envolve as declarações do secretário do Meio Ambiente de Mato Grosso, Vicente Falcão, segundo o qual, o desmatamento na região pode está relacionado ao debate do Código Florestal no Senado e da Lei do Zoneamento Econômico e Ecológico do Estado que define um processo de anistia até a data da promulgação.

“Isso foi uma avaliação feita pelo secretário de Meio Ambiente de Mato Grosso. Esse aumento pode sim estar associado a uma discussão sobre código, ou seja, uma leitura de produtores rurais desses estados que poderiam desmatar, uma leitura equivocada. E também a lei do zoneamento, mais especificamente em Mato Grosso”, pontuou a ministra.

Ainda de acordo com Izabela Teixeira, a área do bioma Amazônia relacionada ao desmatamento para o plantio da soja, corresponde apenas 0,03% de todo o desflorestamento da Amazônia divulgada pelo Ministério. A área do plantio de soja teve um aumento de 24% nos estados de Mato Grosso, Pará e Rondônia.

O desmatamento está concentrado em 53 municípios da região Amazônica, onde tem a produção da soja, em especial alguns municípios do estado de Mato Grosso – que detém a maior área de plantio do vegetal. Mesmo com o aumento, segundo o Ministério do Meio Ambiente, todos esses municípios são fiscalizados pelo Ibama.