A licitação para a obra de ampliação do Aeroporto Marechal Rondon deverá ser lançada já em dezembro, logo após a inauguração do Módulo Operacional Provisório (MOP) prevista para ocorrer em novembro. Com o aumento da área do prédio, a capacidade do aeroporto será estendida de 1,4 milhão para até 5 milhões de passageiros por ano. Além disso, ele estará no padrão de voos internacionais e poderá começar a receber companhias que fazem voos para a América do Sul.
O investimento total deve ultrapassar os R$ 87 milhões inicialmente previstos. O projeto sofreu algumas adequações devido à mudança do modal de transporte escolhido para Cuiabá e Várzea Grande e com isso o estacionamento do aeroporto passa a contar com mais espaço. A área será ampliada e a expectativa é de que a capacidade seja dobrada para mais de 400 vagas.
“Com a alteração para o VLT sobra mais espaço e automaticamente o número de vagas deverá ser ampliado. O projeto da obra já foi alterado e enviado para Brasília. A Globo Engenharia, empresa responsável pela elaboração do projeto do aeroporto, irá nos entregar a planta pronto logo após a inauguração do MOP e o edital de licitação já deverá ser publicado ainda em dezembro”, explicou o secretário Extraordinário de Acompanhamento de Logística Intermodal de Transportes, Francisco Vuolo.
Outra boa notícia, é que graças a uma articulação do governo estadual junto à Infraero, o MOP que acabaria ficando em definitivo será alterado e área de desembarque passará por uma obra de ampliação definitiva. O primeiro passo será retirar a área administrativa, que ocupa o andar de cima para outro espaço, além disso, o espaço será ampliado tanto para quem chega, quanto para as pessoas que esperam os passageiros.
De acordo com Vuolo, o MOP foi orçado em R$ 1,7 milhão e após a conclusão da obra definitiva do aeroporto, o espaço poderá ser retirado e levado para outro aeroporto no interior de Mato Grosso ou para outra cidade do Brasil. Com o módulo, a área de desembarque ganhará um espaço de 675 mil m², com três esteiras, sendo duas de 14 metros. O secretário contou ainda que a empresa responsável pela obra do MOP aguarda apenas a chegada das esteiras.
O governo de Mato Grosso foi o único a conseguir a autorização da Infraero para licitar e executar a obra do aeroporto. Vuolo disse que teve a ajuda do deputado federal Wellington Fagundes (PR) para articular uma parceria “emblemática” com a Infraero. Ele explica que até então o estado tinha apenas a função de assistir às obras, mas conseguiu não apenas a possibilidade de acompanhar e fiscalizar, como também executar.
Áreas que serão afetadas pela obra de ampliação
“Mato Grosso foi o único Estado que assumiu a condição de licitar as obras do aeroporto, que consta na matriz de responsabilidade do governo federal. Nossa preocupação fez com que articulássemos junto à Infraero a possibilidade de assumir a obra. Isso porque a Infraero possui a responsabilidade de executar 40 obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e com isso ganhamos pelo menos seis meses, além de podermos dar prioridade”, explicou Vuolo.
Para o novo aeroporto, serão colocados quatro fingers e em cima será a área de embarque, enquanto o piso inferior será para desembarque, no padrão internacional. Além disso, em frente ao aeroporto haverão duas pistas de rolamento, sendo uma para embarque e desembarque e outra para pista rápida.
O secretário acredita que ser possível dar ordem de serviço para o início da obra três meses após a publicação do edital de licitação. Sobre os impasses jurídicos, Vuolo acredita que não deverá ter muitos recursos, já que será um processo restrito devido às exigências da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac). “Como terá o finger (pontes de embarque) poucas são as empresas que produzem este material, por isso a concorrência será restrita”, explicou.
Área diretamente afetada pela obra do aeroporto
