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Quarta-feira, 01 de maio de 2024

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MOBILIZE 2011

Cuiabá tem um dos piores índices de mobilidade urbana

Cuiabá e São Paulo são as capitais brasileiras com piores indicadores de mobilidade urbana sustentável. É o que mostra o Estudo Mobilize 2011, realizado pela equipe de jornalistas do Mobilize Brasil a partir de informações de órgãos governamentais, institutos de pesquisa, universidades e entidades independentes. A capital mato-grossense alcançou no índice geral 2,4 pontos percentuais e a capital paulista ficou em último lugar, com dois pontos. A liderança coube à cidade do Rio de Janeiro (7,9), seguida por Curitiba (7) e Brasília (5,1).


O resultado negativo, segundo a pesquisa, se deu principalmente em função do uso excessivo de automóveis e motocicletas na locomoção urbana nessas capitais. De acordo com dados levantados, há seis anos, 95 mil automóveis particulares circulavam e hoje já são mais de 162 mil. É, portanto, um carro para cada 3,4 habitantes.

Além do excesso de carros, a infraestrutura obsoleta é apontada como um impeditivo à metropolização. O formato das ruas estreitas como as calçadas, e a confluência de todo o tráfego para o centro da cidade foram apontados como agravantes. O agronegócio e o enriquecimento das cidades do interior acabou levando para a capital uma frota de veículos pesados, o que torna o trânsito mais caótico.

A escolha do modais de transporte de médio porte, como o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), em detrimento do BRT (Bus Rapid Transit), que são formados por veículos mais pesados, foi apontada como um ponto positivo na pesquisa. Mas o início das obras deve atormentar ainda mais a população.

O economista e jornalista Thiago Guimarães, consultor editorial do Mobilize, que coordenou o estudo, explica que a ideia do levantamento foi comparar o desempenho das capitais brasileiras e por isso a escala de pontuação tomou como parâmetro as próprias cidades e não referências internacionais de sustentabilidade em mobilidade urbana.

No total, os jornalistas analisaram cinco indicadores:
* Extensão de vias adequadas ao trânsito de bicicletas em relação à extensão do sistema viário;
* Razão entre a renda média mensal e a tarifa simples de ônibus urbano;
* Razão entre o número de viagens por modos individuais motorizados de transporte e o número total de viagens;
* Porcentagem de ônibus municipais acessíveis a pessoas com deficiência física;
* Mortos em acidentes de trânsito (por 100.000 habitantes) por ano.

O Estudo Mobilize 2011 procurou inicialmente avaliar treze capitais brasileiras, incluindo Goiânia, Fortaleza, Manaus e Recife, mas a carência de dados resultou na exclusão das cidades. Também previa avaliação de outros indicadores da mobilidade urbana sustentável, que não puderam ser levantados em todas as localidades, como a quantidade de CO2 emitido pela frota, viagens feitas por modos não motorizados, calçadas com acessibilidade.

A maior dificuldade para a realização do estudo, segundo os jornalistas, foi localizar fontes confiáveis de informação, já que na maior parte das cidades os números estavam dispersos por vários gabinetes, em secretarias e departamentos, ou simplesmente não existiam. Por exemplo, algumas grandes cidades brasileiras ainda desconhecem a extensão total de suas vias públicas, e raras delas sabem quantos quilômetros de calçadas são acessíveis a deficientes.

Mais informações em instantes. Última atualização às 9h10.
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