Mato Grosso é o quarto estado com o maior número de prefeitos que não concluíram o mantado desde última eleição municipal em 2008, de acordo com levantamento promovido pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Dos 141 prefeitos eleitos, 23 foram afastados ou cassados por corrupção ou fraudes eleitorais.

O Estado só fica atrás no ranking para o Piauí com 50 prefeitos com perda de mandato, Minas Gerais com 38 e Bahia com 32 chefes do executivo municipal afastados. Vinte prefeitos de Mato Grosso durante esses três anos de governo tiveram problemas com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Em dois dos maiores municípios de Mato Grosso, os prefeitos estão fora do cargo por conta de fraudes, como o caso de Várzea Grande – segunda maior cidade – onde o ex-prefeito Murilo Domingos (PR) foi afastado por ordem da Justiça.

O ex-chefe do executivo local do município vizinho de Cuiabá foi alvo de dez ações por improbidade administrativa. Domingos é acusado de contratar a ONG Abrassa (Associação Brasileira Profissionalizante, Cultural de Preservação de Meio Ambiente) e repassar a ela servidores contratados pela própria prefeitura. Assim, a ONG prestava serviço com funcionários que eram pagos pelos cofres públicos.

Para 274 de 5.563 prefeitos eleitos e reeleitos na última eleição em todo o país, o governo terminou mais cedo. Isso representa 4,9% do total de chefes do executivo municipal. Isso porque

No período anterior – entre 2005 e 2008 – o total de gestores cassados tinha chegado a 296. A expectativa é que a marca seja ultrapassada nesta legislatura, até dezembro do ano que vem, quando terminarão os governos.

Dados do levantamento da CNM, aponta que 38,!% dos casos foram motivados por ações de improbidade administrativa e, em 36,9% deles, por infrações à legislação eleitoral. (Com informações do jornal O Globo).