O dólar comercial caiu abaixo de R$ 2,20 hoje e fechou a sexta-feira cotado a R$ 2,191 no mercado interbancário de câmbio, recuo de 1,26% em relação ao dia anterior. No mês, o dólar acumula queda de 5,48% e no ano, de -6,17%. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), a moeda americana encerrou a sessão negociada a R$ 2,19, queda de 1,26% no dia. O cenário externo favorável e ingressos de recursos no mercado doméstico de câmbio ampararam o movimento de queda do dólar e um aumento do volume financeiro à vista nesta sexta-feira.

A moeda voltou a declinar em meio à melhora do volume de negócios, que refletiu fluxo de investidores estrangeiros e continuidade da entrada da captação de US$ 750 milhões fechada na sexta-feira passada pela Oi (antiga Telemar) e que estaria sendo internalizada gradativamente esta semana a fim de diluir o impacto sobre as cotações à vista do dólar, disse um economista de uma corretora de câmbio. Como as bolsas norte-americanas ampliaram os ganhos após o governo dos EUA divulgar, à tarde, sua metodologia para avaliação dos 19 maiores bancos, sem proporcionar estimativas de perdas específicas usadas nos "testes de estresse", a disposição à venda de dólares persistiu.

O aumento dos negócios à vista dificultou a estratégia de investidores posicionados na compra no mercado futuro de puxar para cima a taxa de câmbio, movimento que foi visto ontem diante do fraco volume transacionado. Os players no mercado local estão aguardando dois eventos importantes, que direcionarão o comportamento do dólar na próxima semana: a definição pelo Banco Central se irá ou não rolar o próximo vencimento de US$ 5,7 bilhões em contratos de swap cambial em 1º de maio; e a decisão de política monetária do Copom, que mostrará se o BC manterá uma postura agressiva de corte dos juros ou adotará um ritmo mais conservador.