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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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Comissão da Câmara aprova convite a PM que acusou ministro de fraude

A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados aprovou na manhã desta quarta-feira (19) requerimentos que convidam o policial militar João Dias Ferreira e Célio Soares Pereira a dar esclarecimentos sobre denúncias de suposto desvio de verbas no Ministério do Esporte sob o comando do ministro Orlando Silva.


Os dois requerimentos foram protocolados pelo líder do DEM na Câmara, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto. Os convites não obrigam a presença na comissão, ficando a cargo do convidado decidir se comparece.

O requerimento 213/2011 pede convite a João Dias "a fim de prestar depoimento sobre as denúncias de fraudes no âmbito do Programa Segundo Tempo, de responsabilidade do Ministério do Esporte". O requerimento 2014/2011 pede convite Célio Soares Pereira para mesma finalidade.

Os requerimentos têm como base declarações publicadas em reportagem da "Veja" deste fim de semana. João Dias, como é conhecido, afirmou que o ministro teria comandando um esquema que desviou cerca de R$ 40 milhões da pasta nos últimos oito anos.

Dias foi preso pela Polícia Civil de Brasília em 2010 em razão de supostas fraudes cometidas contra o Segundo Tempo, que visa incentivar a prática esportiva entre crianças e adolescentes.

Célio Soares Pereira, que teria sido um "faz-tudo" no ministério na época da suposta fraude, falou à "Veja" que chegou a entregar dinheiro nas mãos de Orlando Silva. A revista diz que atualmente Célio Pereira trabalha em uma academia de ginástica do policial militar João Dias.

De acordo com o deputado ACM Neto, a ideia é que os depoimentos aconteçam na semana que vem, mas as datas ainda não foram definidas.

"Os governistas dormiram, quase não tinha governista na comissão. E os que estavam não prestaram atenção e acabaram aprovando", afirmou ACM Neto.

Na terça, João Dias disse ter provas da participação do ministro no suposto esquema de fraude. Após reunião com parlamentares da oposição no gabinete da liderança do PSDB, Dias disse que entregou à revista "Veja" o áudio de uma reunião realizada em 2008 para tratar da prestação de contas do programa. Ele não apresentou as supostas provas em público, após a reunião.

Em depoimento na Câmara na terça, Orlando Silva reiterou que não há provas contra ele. "Faça e prove o que diz. Até aqui, esse desqualificado não provou. Não provou porque não tem provas. Quem tem provas do malfeito dele sou eu, que estão aqui", disse o ministro, brandindo, sob os aplausos de deputados, papeis do processo judicial ao qual João Dias Ferreira responde por suposto desvio de verba pública e enriquecimento ilícito.
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