O poeta e jornalista João Bosquo, inspirado pelo bate-boca protagonizado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal - o mato-grossense Gilmar Mendes - e o ministro Joaquim Barbosa, escreveu um poema chamado “Os capangas de Mato Grosso”, e o encaminhou a redação do
Olhar Direto. Na ocasião, Barbosa disse que ao se dirigir a ele, Mendes não falava com seus capangas de Mato Grosso. O caso teve grande repercussão no estado e várias autoridades chegaram a declarar apoio a Gilmar.
Veja poema na integra:
Os capangas de Mato Grosso
Os capangas de Mato Grosso
não são pardos
não são negros
não são de laços
nem parentescos
Os capangas de Mato Grosso
não são parados
não são cegos
não são de braços
cruzados como espantalhos
Os capangas de Mato Grosso
não são empregados
carteira assinada
FGTS, previdência e
revólveres registrados
Os capangas de Mato Grosso
são capangas, meio capazes
meio jagunços, meio rapazes
meio agora, mas logo
saem de cartaz
Os capangas de Mato Grosso
são uma metáfora
são meio MATO (mas deixo vivo), meio cidade
meio gente civilizada
meio unha encravada
no meio do sertão