Em meio ao caos no pronto-socorro de Várzea Grande, a Prefeitura de Várzea Grande e a Fundação de Saúde de Várzea Grande (Fusvag), responsável por gerenciar o pronto-socorro do município, ficam num jogo de empurra-empurra. O motivo é a dívida acumulada entre a administração municipal e a entidade, além disso, o convênio venceu em março e não houve a renovação. Com isso, a Fusvag ainda acumulou um débito de R$ 21 milhões com fornecedores.
De acordo com o diretor clínico, Glen Arruda, a prefeitura deve R$ 14 milhões para a fundação desde 2009, sendo que R$ 8 milhões é referente ao repasse dos atendimentos, além de R$ 6 milhões ligados ao Plano de Atenção Básica (PAB). O montante é referente ao não repasse mensal estipulado em R$ 500 mil. No entanto, o secretário Municipal de Saúde, Fábio Saad, admite a dívida, mas afirma que o valor é de R$ 8 milhões.
Sobre o convênio, a assessoria da secretaria informou que não há interesse na renovação. A pasta ainda quer realizar um estudo antes de efetuar o pagamento do débito, para entender os cálculos apresentados pela Fusvag.
Diante do impasse e da dívida com fornecedores, o diretor clínico contou que algumas empresas já se recusam fornecer materiais, o que vem agravando ainda mais a situação do pronto-socorro, que está caótico.
Mesmo assim, a fundação caminha para o fim, já que o próprio prefeito de Várzea Grande, Tião da Zaeli (PR), já adiantou não ter mais interesse em bancar o pronto-socorro e defende a estadualização.
Na manhã desta quarta-feira (19), a classe médica abriu as portas do pronto-socorro para mostrar o caos no hospital. Os pacientes são atendidos no chão, faltam macas e medicamentos.
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