Mato Grosso está preste a se tornar um Grande México no Brasil. A comparação foi feita pela o procurador da República do Estado, Paulo Roberto Jorge Prado, no Senado Federal durante audiência sobre a questão do tráfico de drogas nas fronteiras do Brasil, principalmente com a Bolívia.

O país que faz fronteira com Estados Unidos, na América do Norte, o México atualmente é considerado um dos países mais violentos do mundo em razão do tráfico de drogas nas fronteiras do país.

Segundo Paulo Prado, a violência que assola o país está diretamente relacionada ao tráfico de drogas. O procurador afirma ainda que, além da droga que entra pela fronteira Brasil-Bolívia, outras entorpecentes, como a maconha, tem entrado no estado por meio da fronteira entre o Paraguai e o estado de Mato Grosso do Sul, vizinho de Mato Grosso.

“Afirmo que cerca de 50% da criminalidade do País está relacionado ao tráfico de drogas nas fronteiras”, pontou firmemente o chefe do Grupo ao Combate ao Crime Organizado em Mato Grosso.

Para o representante da justiça, caso não haja um diálogo diplomático efetivo entre os governos brasileiro e boliviano, ninguém irá controlar o aumento da criminalidade no Estado e principalmente no país em curto prazo.

“Se não houver um dialogo diplomático com as autoridades, não vai ter polícia ou Ministério Público que vai frear a destruição da população”, destacou.

Ainda de acordo com Prado, o efetivo policial na divisa entre os dois países em Mato Grosso é quase inexistente, com apenas 44 policiais, cinco delegados para 398 quilômetros (km) de fronteiras. Ou seja, não existe uma polícia especializada no combate ao tráfico de drogas na fronteiras, que apenas 5% delas são apreendidas pela Polícia Federal.

Atualizada às 15h38