Mato Grosso está disposto a levar as últimas consequências diplomáticas entre Brasil e Bolívia caso o governo federal não se manifeste no que acontece no Estado, principalmente na fronteira entre os dois países, como o fechamento do consulado boliviano em Cuiabá (MT). A afirmação é do deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR), durante audiência pública no Senado Federal nesta quinta-feira (20).

Segundo o Pinheiro, as autoridades mato-grossenses estão dispostas a solicitar o fechamento do consulado da Bolívia em Mato Grosso, por não quererem ter uma relação somente de ‘faixada’ com o país vizinho.

“Se o governo boliviano incentivar essa roubalheira. Os estados membros vão reagir, enquanto o governo federal finge que nada acontece nas fronteiras. Não estamos dispostos a fazer uma relação de faixada que atingem a dignidade do povo brasileiro”, destacou o deputado republicano.

O senador Aníbal Diniz (PT-AC) criticou a proposta em debate em Mato Grosso de se promover uma campanha pelo fechamento do consulado boliviano no Estado. O senador mato-grossense Pedro Taques (PDT) ressaltou que o assunto discutido no momento era de uma lei do governo da Bolívia que provoca “prejuízos não patrimonial, mas à vida dos brasileiros”.

Preços de troca

Ainda de acordo com parlamentar estadual, à lei boliviana que permite a legalização de veículos no Estado, estabeleceu uma espécie de "tabela paralela" de preços para os carros roubados.

“Um carro popular, por exemplo, pode ser trocado por um quilo de cocaína, enquanto uma caminhonete de luxo por quatro ou cinco quilos. Em apenas 15 dias de vigência da lei foram apresentados ao governo da Bolívia 130 mil pedidos de regularização de veículos clandestinos”, informou o Emanuel Pinheiro.

Atualizada e corrigida às 16h10