O governador Silval Barbosa (PMDB) se posicionou contra o afastamento do secretário de Ciência e Tecnologia, Eliene Lima (PSD), para retomar sua cadeira na Câmara Federal, com o propósito de garantir a inserção de suas emendas no orçamento geral de 2012. Para Silval, o secretário deveria entrar num consenso com o suplente Neri Geller, para que seu substituto defendesse suas emendas.
“Eu acho que o Eliene tinha que conversar com o Neri e achar um meio deles fazerem juntos essas emendas, que são de interesse do Estado, sem a necessidade de ele voltar para Câmara. Eu ainda vou conversar com ele sobre isso”, declarou Silval na manhã desta sexta-feira (21), durante seminário "Copa do Pantanal: Oportunidades para o Desenvolvimento Econômico e Sustentável de Mato Grosso", realizado na Fecomércio.
Já sobre o secretário de Saúde, Pedro Henry (PP), que também poderia seguir o exemplo de Eliene, Silval informou que não teve a confirmação sobre a saída do progressista e não comentou sobre o assunto.
Eliene justificou sua volta ao parlamento como estratégica para garantia de recursos visando o cumprimento de suas promessas de campanha. “Se eu não estiver no exercício do meu mandato não tenho como liberá-las (emendas). Todo ano, neste período, terei que voltar à Câmara para poder cumprir os compromissos que assumi com minhas bases”, justificou Lima.
Apesar das alegações, a retomada do mandato de Eliene é vista também como uma retaliação a Gueller que, de última hora, recuou da filiação no PSD e permaneceu no Partido Progressista (PP).
Cada deputado federal tem direito ao montante de R$ 13 milhões em emendas parlamentares, que pode ser liberada em sua totalidade ou não. Tudo depende de como o orçamento federal se comportará no decorrer do ano.
Em entrevista na tarde desta sexta-feira (21), Henry informou que não definiu sobre sua saída e criticou Eliene por usar seu nome. Ele garantiu ainda que nunca fez acordo com Silval para deixar o cargo e está a disposição do governador.
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