O deputado estadual Carlos Avalone (PSDB) foi “sabatinado” pelos vereadores na manhã desta terça-feira (25) e explicou que a queda do forro de gesso do pronto-socorro ocorreu devido a uma falha da empresa de manutenção, que havia quebrado uma telha e não a consertou, além de entulhos que foram deixados em cima do telhado. Ele informou ainda que havia um cano com vazamento que teria sido colocado pela empresa responsável pela instalação de ar condicionado.

Apesar de explicar os motivos, o tucano preferiu não responsabilizar nenhuma empresa. Questionado sobre o porquê da empreiteira Três Irmãos, de propriedade da família do parlamentar, ter assumido o conserto, Avalone explicou que seria “um favor” à Prefeitura de Cuiabá, que é um dos principais clientes da construtora.

O deputado destacou que se desvinculou da empresa há mais de 15 anos e lamentou que o problema do pronto-socorro de Cuiabá tenha denegrido a imagem dele e da empreiteira.

Sobre outros problemas apresentados, como infiltrações, pouco mais de um ano após a reforma ter sido concluída, Avalone considerou normal. “É normal ter problemas depois de uma reforma, mas as falhas serão corrigidas”, explicou.

Quanto a outros questionamentos mais técnicos feitos pelos vereadores, Avalone disse que buscaria respostas com os irmãos, sócios-proprietários da empresa, para depois informar os parlamentares.

Apesar de uma hora de questionamentos, alguns vereadores não ficaram satisfeitos com as respostas de Avalone. Domingos Sávio (PMDB) ainda cobra uma punição aos responsáveis e disse que o deputado não soube apontar o culpado.

O peemedebista protocolou no Ministério Público Estado o pedido de abertura de um inquérito civil público para investigar irregularidades e punir os responsáveis pelas falhas nas obras.

O Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura de Mato Grosso (Crea-MT) já apresentou um relatório que aponta anomalias nas obras.

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