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Domingo, 05 de maio de 2024

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Avalone nega culpa em obras no PS de Cuiabá, mas diz que construtora vai corrigir falhas

Os problemas no telhado e em outras áreas do edifício Henrique de Aquino, que abriga o Hospital e Pronto Socorro de Cuiabá, não são de responsabilidade da Construtora Três Irmãos, executora da obra de reforma, ao custo de R$ 3 milhões, em 2010. Esta afirmação foi feita pelo deputado estadual Carlos Avalone Júnior (PSDB), representante da Três Irmãos, que por mais de uma hora foi sabatinado, nesta terça-feira (25/10), em sessão ordinária na Câmara de Cuiabá. 


No entanto, os vereadores Domingos Sávio (PMDB), Toninho de Souza (PDT), Lúdio Cabral (PT), Misael Galvão (PR) e Antônio Fernandes (PSDB) entendem que a empresa tem responsabilidade direta no caso e deve revisar e, se necessário, refazer a obra em parte ou no todo, principalmente do teto.

Em princípio, destacando sua experiência de engenheiro e perito judicial, o deputado Carlos Avalone culpou as empresas de manutenção pelos problemas no teto. Porém, diante dos questionamentos dos vereadores, admitiu que não tinha provas e observou que teceu a análise por ter sido “perito judicial por 11 anos”, a serviço do Poder Judiciário de Mato Grosso.

Avalone Júnior disse que fez uma vistoria no local e tirou fotos, apontando telhas quebradas, ausência de uma telha e restos de obras no ar condicionado. Isso pode ter provocado, segundo ele, o entupimento de calhas e vazamentos no forro. “Há um ano e sete meses a obra terminou e, nesse período, outras empresas foram contratadas para prestar serviços de manutenção em diferentes áreas”.

Contudo, o deputado Avalone afirmou que a empresa Três Irmãos, mesmo não sendo há responsável pelo desabamento de partes do teto, vai realizar as obras de reparos no Pronto Socorro de Cuiabá. “A Três Irmãos já conversou com o prefeito Chico Galindo e está resolvendo os problemas da obra”.

Autor da representação na Procuradoria de Justiça Especializada na Defesa da Probidade Administrativa do Ministério Público de Mato Grosso, o vereador Domingos Sávio classificou como “pouco esclarecedora” a explicação de Carlos Avalone. “Ele diz que nem é proprietário da empresa e vem aqui defender uma obra recheada de falhas”, disse o vereador.

Toninho de Souza lamenta que a Construtora Três Irmãos sequer tenha enviado um dos proprietários e considera imprescindível que a obra seja refeita, imediatamente, onde foram apresentados problemas.

“Essa reforma foi alardeada na mídia pelo então prefeito Wilson Santos, como a maior da história do Pronto Socorro. O senhor [Carlos] Avalone está tratando a questão como se a queda do teto fosse um caso esporádico. Como se tivesse acontecido apenas desta vez. É a terceira! Portanto, se fosse séria, a construtora deveria reformular essa tal reforma, sem necessidade de cobrança da Câmara”, avalia Toninho.

Misael Galvão lembrou que recebeu a informação do Poder Executivo de que o Pronto Socorro de Cuiabá só voltará a funcionar com 100% da sua capacidade após o dia 15 de novembro. “Esta foi a terceira vez que parte do teto desaba em um período de pouco mais de um ano. Não pode ser tratado como ocorrido por excesso de chuva”, critica Galvão.

“A administração municipal já admitiu que houve falha na reforma e destacou que o telhado não foi restaurado. Então, há tempo de corrigir o erro”, aponta Lúdio Cabral.
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