A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados realiza audiência pública nesta quarta-feira (26/10), a partir das 14h30 (horário de Brasília), para ouvir os depoimentos do policial militar João Dias e do motorista Célio Soares Pereira.
Eles acusaram o ministro dos Esportes Orlando Silva de participar de um esquema de cobrança de propina de ongs para o Segundo Tempo, programa do governo federal que oferece atividade esportivas extra-classe a alunos carentes.
A sessão será presidida pelo deputado Nlson Leitão (PSDB/MT), que é vice-presidente da comissão e assumiu interinamente os trabalhos. De acordo com o parlamentar, os depoimentos dos dois envolvidos vão ajudar a esclarecer mai um dos casos de corrupção no governo da presidente Dilma Rousseff.
"Espero que (os depoimentos) possam elucidar sim este escândalo", afirmou o deputado momentos antes de, ao assumir os trabalhos da comissão na parte da manhã, confundir o nome do ministério de Orlando Silva pelo ministério dos Transportes. "A gente acaba acostumando a trocar", justificou Leitão em alusão ao chamado mensalão do PR, escândalo que resultou na queda da cúpula do Ministério dos Transportes.
João Dias prestou esta semana depoimento na sede da Polícia Federal, em Brasília. Ele disse que possui gravações que provam a existência de um esquema de cobrança de propina mas admitiu que Orlando Silva não aparece em nenhuma das gravações a serem apresentadas, o que tem colocado um ponto de interrogação em torno da credibilidade do delator.
Aliás, o policial é um dos envolvidos em desvio de recursos do programa Segundo Tempo e está obrigado pela Justiça a devolver em torno de R$ 4 milhões aos cofres públicos.
Leitão também preside na parte da manhã a sessão da Comissão que ouve o ministro das comunicações Peulo Bernardo sobre supostas denúncias de irregularidades em pregão eletrônico realizado pela Eletrobrás para compra de material utilizado em redes de fibra ótica em São Paulo.
O deputado foi eleito na semana passada para a vice-presidência do colegiado após assumir a cadeira deixada pelo deputado Carlos Brandão (PSDB/MA), que se licenciou do mandato.
