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Terça-feira, 21 de maio de 2024

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Má qualidade da educação básica impede expansão da indústria, dizem empresários

As deficiências na educação básica brasileira, especialmente em matemática e português, têm influído na qualificação da mão de obra e, em consequência, na ampliação e modernização de projetos industriais. A conclusão é de empresários em debate nesta quinta-feira (27, sobre a educação, no último dia do 6º Encontro Nacional da Indústria (ENAI), promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), no Transamérica Expo Center, em São Paulo.


O diretor Global de Recursos Humanos da Vale, Luciano Pires, um dos participantes do debate, revelou que, recentemente, a segunda maior mineradora do mundo abriu 600 vagas para aprendizes no Pará e conseguiu selecionar apenas 200 candidatos. “Existe muito o que fazer na base da pirâmide da educação, sobretudo em matemática e português”, declarou Pires.

Para o diretor de Educação e Tecnologia da CNI, Rafael Lucchesi, a matriz da educação básica deve ser mudada porque a indústria apresenta novos desafios que exigem capacidade de inovação. “O Brasil não prepara a juventude para o trabalho, para a inserção competitiva. Temos problemas também na escolaridade e isso prejudica a entrada de alunos na educação profissional, porque falta conteúdo básico”, diagnosticou.

Segundo Lucchesi, o país tem 6 milhões de estudantes universitários e 9 milhões no ensino médio, dos quais apenas 1 milhão são do ensino profissionalizante. “No Brasil o jovem tem em média 12 anos de frequência à escola, sem uma hora sequer de educação profissional, e só 10% dessa juventude vai paraa  universidade. Não há preparação dos outros 90%”, destacou o diretor da CNI.

Ele citou como alternativa para alinhar a educação do ensino médio com a educação profissional a execução do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), cuja lei foi sancionada quarta-feira, 26.10, pela presidente Dilma Rousseff, e do qual o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e o Serviço Social da Indústria (SESI) são parceiros. “No outro período escolar o estudante do segundo e terceiro ano do ensino médio terá educação profissional, um link para inserção no trabalho”, explicou.

Lucchesi confirmou que o SENAI vai investir, até 2014, R$ 1,5 bilhão na construção de 100 novas escolas, 100 novas unidades de ensino móveis, 22 institutos de inovação e 40 institutos de tecnologia, de modo a ampliar o ensino profissionalizante e atender a demanda do Pronatec.

Participação - A comitiva de industriais mato-grossenses que representou a Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt) contou com 44 participantes, entre diretores da casa, presidentes de sindicatos, gestores e executivos, atuantes em diferentes segmentos econômicos industriais, e foi liderada pelo presidente em exercício da instituição, Jandir Milan.

"O encontro reúne mais de dois mil industriais de todo o país e, cada um com sua peculiaridade de atuação e realidade regional, contribui com informações que entram na pauta para discussão geral. É um momento para os empresários mato-grossenses não só adquirirem mais conhecimento, como contribuir, por meio da participação em debates e palestras, para a construção de uma agenda única de interesse da indústria brasileira. Mato Grosso, como um dos Estados que mais crescem no país, não poderia ficar à margem dessas discussões e decisões, e é por isso que a Fiemt sempre apoia e incentiva a participação dos empresários do Estado no Enai", avalia o presidente.
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