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Sexta-feira, 26 de julho de 2024

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Alunos de seis escolas trocam experiência na 2ª Copa de Judô (veja fotos)

Foto: Alline Marques-OD

Alunos de seis escolas trocam experiência na 2ª Copa de Judô (veja fotos)
A integração entre alunos, pais e escolas reuniu mais de 80 alunos, de seis instituições de ensino, para participar da 2ª Copa de Judô do Colégio Coração de Jesus (CCJ). Crianças e jovens, de 4 a 20 anos, de seis escolas tiveram a oportunidade de trocar experiências no esporte. Os pais que assistiam encantados e orgulhosos de seus filhos também puderam trocar contatos e assim o esporte cumpre mais uma missão: a de unir os mais diferenciados públicos.


Para aqueles que pensam que o judô é um esporte violento, o sensei Ernesto Soares Guimarães já adianta que a objetivo da modalidade é totalmente ao contrário. O objetivo é fazer com que as crianças consigam equilibrar seus limites e trabalha não apenas o corpo, mas principalmente, a mente.

“A integração faz parte da vida de qualquer ser humano e é preciso viver em grupo. O judô trabalha o equilíbrio entre o corpo e a mente para que as crianças sejam capazes de superar seus limites. Queremos mostrar que eles vão ficar velhos iguais seus professores, mas ainda assim poderão lutar”, afirmou em entrevista ao Olhar Direto.

O sensei, após deixar de lutar em competições, passou a se dedicar ao trabalho de base com crianças em escolas. Ele aproveita para avisar que o judô não é apenas no tatame. Os professores buscam saber como a criança está na sala de aula, como é o comportamento com os colegas, se a alimentação está correta, entre outros detalhes para garantir uma boa formação. “Para se ter um corpo sadio é preciso cuidar do físico e da mente”, ressaltou.

Só que o campeonato não é apenas para motivar os alunos, mas também há competição para os maiores de 13 anos. E a coisa é levada a sério. Os pais ficam do lado de fora gritando e incentivando os filhos, que tentam de qualquer maneira derrubar os adversários.

A competição entre os “grandinhos” não fica apenas na brincadeira. É encarada com muita seriedade e requer uma preparação especial. Treinamento puxado e concentração máxima, esse é o segredo. Mas assim que sai do tatame todos ficam amigos novamente. Isto é o mais importante, a união e integração.

Sobre as frustrações da derrota, o sensei adianta que é feito um trabalho para que a criança pegue amor ao esporte e estimula a competição sem vitória, para evitar o trauma. Pelo menos até os 13 anos, quando o aluno começa a caminhar com as próprias pernas e já consegue administrar as perdas da vida.

Só que não é apenas flores a vida de um atleta que resolve encarar com seriedade o esporte. A maior dificuldade é a falta de apoio e patrocínio. Geralmente, são os próprios pais que bancam. O sensei Ernesto acredita que falta a conscientização do empresário para que ele entenda a importância de estimular o esporte.

Apesar das dificuldades financeiras, o professor destaca que alguns atletas conseguem sobreviver com o esporte. Ele ressalta que o programa Bolsa Atleta tem ajudado alguns jovens talentos no estado.

Cuiabá tem um grande nome no judô: David Moura. Ele luta na categoria acima de 100 quilos e já se destacou em competições internacionais. Em agosto, ganhou medalha de bronze no Universíade 2011, e agora em outubro ficou em terceiro novamente na Copa do Mundo de Liverpool. Quem sabe ele não sirva de exemplo para as futuras gerações de campeões aqui de Mato Grosso?

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