O contrato feito com a Global Tech Consultoria de Prospecção de Negócio Ltda poderá ser cancelado, apesar do adiantamento de R$ 2,115 milhões já efetuados para e empresa, responsável por fornecer as 10 Land Rovers equipadas com tecnologia russa para realizar o monitoramento na fronteira.
De acordo com o jornal
A Gazeta desta segunda-feira (31), a decisão teria sido discutida em reunião de cúpula no Palácio Paiaguás e seria uma tentativa de minimizar o impacto negativo à imagem do Executivo com a repercussão do caso.
A divulgação do relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE) complicou ainda mais a situação, uma vez que o documento revela que a empresa não possui know how na venda desses equipamentos e nem mesmo um contrato de exclusividade com a empresa russa Gorizont, responsável por fornecer a tecnologia para o governo do Estado.
Além disso, a Global Tech sequer possui o atestado de capacidade ou de exclusividade para produção de tais equipamentos emitidos pelo Ministério da Defesa ou pelo Exército Brasileiro.
O governo do Estado tem feito um esforço sobremaneira para defender a aquisição de Land Rovers e da tecnologia russa. Na sexta-feira (28), até mesmo o secretário de Segurança Pública, Diógenes Curado, saiu em defesa dos equipamentos, destacando a fragilidade do monitoramento na fronteira. Só que a situação ficou complicada diante da fragilidade dos argumentos da Secopa para sustentar o processo de inexigibilidade com a Global Tech.
Sendo assim, ainda de acordo com
A Gazeta, o governo cogita a possibilidade de realizar contrato com outra operadora. O que seria ainda mais estranho, uma vez que a Agecopa alega não existir nenhuma outra companhia teria a capacidade de entregar tais equipamentos.
Porém, no relatório do TCE é destacada uma preocupação com a possibilidade do Estado perder o dinheiro adiantando para a Global Tech, que não possui capital para ressarcir e a garantir do contrato é de apenas 1% do valor total, ou seja, R$ 141 mil, sendo apenas 6% do adiantamento.
O governador Silval Barbosa (PMDB) também tem cobrado uma solução rápida para os questionamentos feitos pelo TCE, Ministério Público Estado e até Assembleia Legislativa, porém, vale lembrar que o chefe do Executivo viajou para a Rússia acompanhado do secretário Extraordinária da Copa, Eder Moraes, e participou das negociações com a Gorizont, também colocada “em cheque” no relatório do TCE.
A reportagem do
Olhar Direto tentou falar com o governador Silval Barbosa (PMDB), o secretário-chefe da Casa Civil, José Lacerda (PMDB), Eder Moraes e Jefferson de Castro, pelos celulares, mas nenhum deles atendeu o telefone