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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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câncer de ovário

Gordura na barriga faz crescer e espalha câncer de ovário, diz estudo

Células que armazenam gordura na região do estômago e dos intestinos podem ser um reservatório de nutrientes que ajudam no crescimento do câncer de ovário, segundo...

Células que armazenam gordura na região do estômago e dos intestinos podem ser um reservatório de nutrientes que ajudam no crescimento do câncer de ovário, segundo um estudo divulgado nesta segunda-feira (31) por uma equipe da Universidade de Chigado, nos Estados Unidos. O trabalho foi divulgado em uma das divisões da revista "Nature".


A doença é a quinta causa de morte por câncer em mulheres no mundo. O câncer de ovário tende a se espalhar na cavidade abdominal. Em 80% das mulheres, quando o tumor é descoberto, as células adiposas na região da barriga já foram atingidas. Muitas vezes o crescimento do câncer no tecido gorduroso é maior do que no próprio órgão do sistema de reprodução feminino.

Testes com camundongos mostram que células de ovário com câncer levam apenas 20 minutos para encontrar o tecido adiposo quando injetadas em animais saudáveis.

Para Ernst Lengyel, professor de obstetrícia e ginecologia na universidade explica que o tecido gorduroso é rico em lipídios e serve como fonte de energia para que o câncer de ovário cresça e se espalhe. Compreender como essa "alimentação" acontece pode ajudar os médicos a tentarem impedir o processo.

O primeiro passo do estudo norte-americano foi descobrir como uma proteína chamada FABP4 no tecido gorduroso "atrai" células cancerígenas. Inibidores usados pelos pesquisadores diminuíram esse efeito em 50%.

Quando as células de câncer do ovário atingem a região adiposa, elas rapidamente desenvolvem uma maneira de se aproveitar da energia ali armazenada. Com o tempo, todo o tecido gorduroso é rapidamente convertido em uma massa sólida de células com câncer.

Os autores do artigo acreditam que o mesmo mecanismo pode ser reproduzido por células cancerígenas de outros órgãos. Eles afirmam que tumores em regiões com muitas células adiposas, como as mamas, podem apresentar o mesmo tipo de fenômeno.
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