A Procuradoria Geral do Estado (PGE) e a Auditoria Geraldo do Estado (AGE) devem se manifestar sobre a compra do Conjunto Móvel Autônomo de Monitoramento (Comam) para atestar a “total lisura do processo”. A informação é do secretário Extraordinário da Copa, Eder Moraes.

A reportagem do Olhar Direto tentou falar com o secretário, mas ela apenas respondeu com uma mensagem pelo celular informando sobre a nota que será feita em conjunto entre a PGE e AGE. Este fim de semana, o site Hipernotícias divulgou relatório feito pelo auditor do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Wesley Faria e Silva, que questiona a capacidade técnica da Global Tech - Consultoria de Prospecção de Negócio Ltda.

Até o momento, os secretários adjunto de Projetos Especiais, Jefferson de Castro, e de Segurança Pública, Diógenes Curado, e o coordenador do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), Antônio Ibanez, se manifestaram sobre o assunto e destacaram a importância do investimento de R$ 14 milhões.

O problema é qu,e ao que parece, a empresa contratada não tem know how para atender as necessidades do governo. Ela foi criada em 2010 e somente no ano passado, três meses antes da assinatura do processo de inexigibilidade com o Estado, a Global Tech mudou o contrato na Junta Comercial se habilitando à fabricação, montagem e vendas de automóveis, camionetas e utilitários.

Além disso, ao longo desse período ela acumulou uma dívida de R$ 84 mil, decorrente de despesas realizadas, ou seja, a empresa não realizou venda de nenhum produto.

Isto comprova a falta de experiência e derruba a tese de que seria a única empresa gabaritada para fornecer tais equipamentos de monitoramento na fronteira, sustentada pela Secopa como justificativa para a compra com dispensa de licitação.