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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Reversão de laqueadura e vasectomia é difícil e não é feita pelo SUS

Em razão do grande número de perguntas e do sucesso do programa sobre laqueadura e vasectomia, veiculado na última terça-feira (25), o Bem Estar voltou ao tema nesta terça (1º).


Mais uma vez, o ginecologista José Bento e a especialista em saúde da mulher Tânia Lago falaram sobre esses dois métodos de esterilização muito usados por quem não quer ter mais filhos.

A vasectomia é uma cirurgia simples e rápida, em que os canais deferentes do aparelho reprodutor masculino são cortados, amarrados ou fechados com grampos, impedindo que os espermatozoides sigam rumo às trompas.

O procedimento não exige internação, é um método ambulatorial e feito com anestesia local. O efeito não é imediato, por isso a vasectomia só é considerada segura quando um exame chamado espermograma prova que não há mais espermatozoides no esperma ejaculado.

Já a laqueadura pode precisar de internação e anestesia com efeito mais amplo. As trompas são cortadas, amarradas, cauterizadas ou fechadas com grampos e anéis, que impedem o contato dos espermatozoides com os óvulos. Necessita anestesia e internação de algumas horas ou até um ou dois dias.

As duas cirurgias podem trazer riscos, mas a laqueadura exige um cuidado maior, por ser mais invasiva e poder atingir uma das artérias que irrigam os ovários, o que é capaz de levar a disfunções hormonais.

A reversão dessas operações é bastante complicada e, depois de determinados prazos, no caso da vasectomia, há risco de o homem não produzir mais espermatozoides. A idade da mulher também pode ser um complicador, pois há uma diminuição gradual do número de óvulos produzidos, e aí a reversão não vale a pena – o Sistema Único de Saúde (SUS) não faz reversão. Nesse caso, é possível fazer uma inseminação artificial.

O SUS oferece ambos os métodos para pessoas com mais 25 anos e/ou pelo menos dois filhos nascidos vivos, desde que seja respeitado o prazo de 60 dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico.

A rede pública também permite a laqueadura ou a vasectomia nos casos em que uma gestação possa trazer risco de morte para a mulher ou para um futuro bebê. Entre as doenças sérias durante a gestação estão: pressão muito alta, problemas nos rins e diabetes grave.

É proibido fazer laqueadura no parto ou durante um aborto, porque são momentos inadequados para a decisão e porque pode existir riscos para a mãe e para o bebê.

Sangramento contínuo após a cirurgia, dor, febre e ausência de menstruação são sinais de alerta para algum problema na cirurgia.

Uma opção para quem não pode fazer a laqueadura ou tem dúvidas se a esterilização seria o melhor método anticoncepcional é o dispositivo intrauterino (DIU). Outros métodos contraceptivos não definitivos – como camisinha, diafragma, anel vaginal, pílula – também podem ser uma alternativa. Mas é preciso lembrar que apenas a camisinha protege contra doenças sexualmente transmissíveis (DST).
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