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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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Oposição quer que Haddad se explique na Câmara sobre Enem

A oposição quer ouvir na próxima semana, na Câmara dos Deputados, explicações do ministro da Educação, Fernando Haddad, sobre o vazamento de questões do Exame Nacional do Ensino Médio. A presença de Haddad é esperada na quarta-feira (9) na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara. Segundo o líder do PSDB na Casa, Duarte Nogueira (SP), a oposição vai pedir a convocação do ministro caso ele não compareça à comissão.


"Como ele já rejeitou convites várias vezes, se não vier, temos um requerimento preparado para aprovar a convocação do ministro", afirmou o deputado.

O convite para que Haddad fale na comissão foi aprovado no mês passado, antes do vazamento das questões do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Um colégio de Fortaleza antecipou questões que caíram no exame, realizado no mês passado. De acordo com Nogueira, diante das irregularidades na prova, a presença do ministro no Congresso se tornou "ainda mais necessária".

"Queremos saber que providências o ministro vai tomar para que não isso não aconteça todo ano. Se Haddad cuidasse tão bem do Ministério da Educação quanto cuida da sua candidatura à prefeitura de São Paulo esse problema não ocorreria com tanta frequência", criticou.

Já o líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias, é contra convocar Haddad para prestar explicações na Casa. Segundo ele, a audiência poderia se tornar "palanque" para o ministro, que pretende se candidatar nas eleições de 2012.

"Já chamamos o ministro mais de uma vez. Ele deu todas as explicações do mundo, não convenceu e o cenário se repete a cada ano. Trazê-lo seria armar um palanque para o candidato à prefeitura de São Paulo", afirmou.

Anulação
A Advocacia Geral da União informou nesta terça-feira que a orientação do governo federal é de recorrer da decisão da Justiça do Ceará em anular 13 questões do Enem.

O ministério defende que o problema é pontual e a solução seria a anulação ou das provas dos 639 candidatos do Colégio Christus, ou a anulação das 13 questões dos alunos deste colégio que, dias antes do Enem, teriam tido acesso a apostilas contendo estas perguntas. Nesta terça, o MEC por meio de sua assessoria confirmou que mantém a posição de recorrer contra a decisão da Justiça do Ceará.

Haddad
Haddad disse durante o programa Roda Viva da TV Cultura, ao vivo, nesta segunda (31), que a decisão da Justiça Federal do Ceará de anular 13 questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em todo o país afeta 99,9% dos estudantes que não têm qualquer relação com o que ocorreu em uma determinada escola no Ceará.

Durante o programa, o ministro disse que a decisão do juiz Luís Praxedes Vieira da Silva, da 1ª vara da Justiça Federal do Ceará, foi mais sóbria do que a de outros juízes em anos anteriores, mas a melhor solução não seria esta.

"Entendo que o que ocorreu no Ceará foi uma situação isolada e a melhor solução seria a de reaplicar a prova somente aos alunos beneficiados por esta ação delituosa ou cancelar as questões somente desses alunos. A solução é isolar o problema, cancela-se cirurgicamente", diz Haddad.
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